O governo Alckmin (PSDB-SP) manteve o bônus da categoria dos professores estaduais.
O bônus sempre foi um golpe contra a categoria, pois é devolvido, uma parcela, parte do que foi roubado de todos, para aprofundar a divisão na luta pelas questões concretas de melhoria da educação. Enquanto o alto escalão da Secretaria de Educação, Diretoria de Ensino e diretores das escolas recebem valores elevados a maior parte da categoria fica com migalhas ao invés de um reajuste salarial digno.
Pagar bem o alto escalão é a forma encontrada pelo governo de comprar os que comandam e assediam os professores a não lutarem contra a destruição da educação pública. Nas escolas, os professores são coagidos pelos diretores e coordenadores a melhorarem os índices de avaliação, ludibriando os trabalhadores com o mentiroso bônus.
Avaliações do próprio governo de São Paulo indicam que o sistema de bônus por resultados na rede escolar, não promoveu melhorias no desempenho dos alunos do estado. Relatórios internos apontam, mas têm sido ignoradas pela cúpula do governo e pela Secretaria da Educação.
Nos últimos oito anos o estado pago R$ 4,2 bilhões de bônus. O Idesp é calculado a partir de avaliação feita pelos alunos em matemática e português, o Saresp, e taxas de aprovação escolar. Há índices para o 5º e 9º anos do ensino fundamental e para o 3º do médio. O pagamento costuma gerar discórdia nas escolas. Os valores tem diminuído a cada ano.
“A sensação de injustiça é reforçada quando os docentes são responsabilizados pelo desempenho escolar, porém avaliam que não lhes foram dadas condições adequadas de trabalho”, diz o parecer de 2013.
O bônus também não tem sido capaz de promover melhorias sustentáveis. Muitas escolas avançam em um ano, ganham bônus e depois caem. A falha é apontada desde 2014. De 2008 a 2016, mais de 40% das unidades tiveram quatro avanços e quatro retrocessos. “Permanecendo em um patamar estável, e não crescente, de desempenho”, cita em 2017.
A direita golpista do PSDB não pretende investir e melhorar a educação, mas privatizá-la, entregar um direito da população aos especuladores capitalistas. A destruição da educação é proposital, criada pelos que roubam merenda das crianças por meio de contratos fraudulentos. Estes querem aplicar um golpe de Estado e destruir todas as formas de organização da classe trabalhadora. Aplicar em todo o País as compulsórias privatizações dos setores essenciais para a população, como saúde e educação.