O envio de 300 soldados da Guarda Nacional para Chicago, autorizado neste sábado (4) pelo presidente Donald Trump, é mais um episódio do avanço da repressão nos Estados Unidos. A medida foi tomada após o próprio governador de Illinois, JB Pritzker, acionar as tropas e agora tentar transferir a responsabilidade ao governo federal. Trata-se de uma ação criminosa contra a população, disfarçada de “defesa da ordem pública”.
As imagens de manifestantes sendo atacados por spray de pimenta e balas de borracha, e o disparo de agentes federais contra uma mulher desarmada, expõem o verdadeiro caráter dessa operação. O discurso de Trump sobre “não fechar os olhos para a ilegalidade” serve apenas para legitimar a militarização interna e criminalizar protestos populares.
O problema migratório, usado como justificativa, é fruto da política imperialista que destrói economias e empurra milhões à miséria. Os mesmos Estados Unidos e países da Europa que impõem sanções, golpes e bloqueios são os que erguem prisões disfarçadas de “campos de refugiados”, onde ocorrem abusos, separações de famílias e exploração de mão de obra barata.
A crise institucional norte-americana se agrava: governadores e juízes disputam poder em meio à escalada de tensões sociais, enquanto o Estado recorre cada vez mais à força militar para conter seu próprio povo. A “democracia” norte-americana mostra novamente sua face real — a do império em decomposição, sustentado pela violência contra trabalhadores e imigrantes.




