Futebol brasileiro

Sucessão na CBF racha o futebol brasileiro

Crise reflete tensões entre a influência das federações e o poder dos grandes clubes, agravadas pela pressão crescente do imperialismo

Na última quinta-feira (22), 20 clubes brasileiros, incluindo Flamengo, Corinthians e São Paulo, anunciaram boicote às eleições da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), marcadas para 25 de maio, expondo uma crise profunda no futebol nacional. A disputa pela sucessão do presidente afastado Ednaldo Rodrigues revela divisões entre clubes e federações, com demandas por maior democracia e transparência. A crise expressa um racha que ameaça a governança do esporte mais popular do País.

Os clubes, em nota conjunta, declararam: “o futuro do futebol brasileiro precisa ser pautado pela democracia, transparência e representatividade. Não compareceremos à votação por discordarmos do processo vigente”. Eles exigem mudanças no estatuto da CBF, que dá peso 3 às 27 federações estaduais (81 votos), peso 2 aos 20 clubes da Série A (40 votos) e peso 1 aos 20 da Série B (20 votos), totalizando 141 votos. As federações controlam mais da metade do colégio eleitoral, limitando a influência dos clubes.

Samir Xaud, da Federação Roraimense, é o único candidato, com apoio de 25 federações e 10 clubes. Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista, teve apoio de 32 clubes, mas apenas duas federações, inviabilizando sua candidatura. O afastamento de Ednaldo Rodrigues, por decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, ocorreu devido a questionamentos sobre um acordo que o mantinha no cargo. Fernando Sarney, vice-presidente, convocou as eleições extraordinárias.

A crise se intensifica com casos como a interdição da Arena Barueri, decidida pela Federação Paulista na última terça-feira (20), após o Palmeiras, presidido por Leila Pereira, apoiar Xaud contra Bastos. A FPF justificou a interdição por reformas, mas Leila considera a medida uma retaliação. Em nota, a FPF justificou a medida dizendo: “recebemos ofício do Palmeiras, no dia 16 de maio, informando que a Arena Barueri passa por obras e está impossibilitada de receber jogos com público até o final de junho”. A decisão afeta o Paulistão Feminino e Sub-20 do Palmeiras.

Segundo a CBF, os clubes boicotantes representam 70% da receita do futebol brasileiro, segundo estudo da Ernst & Young de 2024. A crise reflete tensões entre a influência das federações e o poder dos grandes clubes, agravadas pela pressão crescente do imperialismo que termina aumentando a instabilidade na gestão do futebol.

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