Nesta quinta-feira (16), as Forças Armadas do Iêmen anunciaram o martírio do Major General Mohammed AbdulKareem al-Ghamari, Chefe do Estado-Maior das forças iemenitas.
Conforme noticiado pela Agência de Notícias do Iêmen (SABA), ele foi martirizado, juntamente com vários de seus companheiros e seu filho Hussein, de 13 anos, durante os criminosos bombardeios perpetrados pelo imperialismo e de “israel” contra o Iêmen ao longo destes dois anos da guerra genocida contra a Palestina.
No comunicado oficial das forças iemenitas, foi informado que Al-Ghamari foi martirizado “enquanto desempenha suas funções jihadistas”. Em que pese a campanha caluniosa de décadas do imperialismo e do sionismo contra a palavra árabe jihad, ela significa “exercer”, “esforçar-se” ou “lutar”, particularmente com um objetivo louvável.
Foi igualmente informado no comunicado que, enquanto Al-Ghamari era Chefe do Estado-Maior, a campanha das forças iemenitas em apoio ao povo palestino e sua Resistência conduziu um total de 758 operações usando 1.835 sistemas de armas, incluindo mísseis balísticos, de cruzeiro e hipersônicos, drones e embarcações navais, como parte do que chamou de “Vitória Prometida e a Jihad Sagrada” para ajudar os combatentes palestinos e defender locais sagrados muçulmanos”, conforme noticiado pela agência SABA.
O órgão de imprensa acrescenta que, dentre esse total, 346 operações foram realizadas pelas forças navais no Mar Vermelho, Bab al-Mandeb, Golfo de Aden, Mar Arábico e Oceano Índico, atingindo mais de 228 embarcações violadoras do bloqueio do Iêmen à navegação israelense. Um dos sucessos desta ações foi a falência de um dos principais portos de “israel”, o de Eilat, contribuindo significativamente para aprofundar a crise da entidade sionista.
Além disto, 22 VANTs (drones) de reconhecimento MQ-9, dos EUA, foram abatidos pela defesa aérea iemenita durantes esses dois anos de guerra. Igualmente, 40 operações de interceptação aérea foram realizadas, no âmbito das quais foram feitos mais de 57 contra-ataques contra aeronaves inimigas.
Na comunicado em homenagem a Al-Ghamari a luta do Iêmen em apoio à Palestina foi afirmada como um dever religioso e moral. O comunicado também homenageou “um grande número de nobres mártires, civis e militares”, que pereceram na luta em apoio à Palestina, afirmando que os sacrifícios nesta luta como uma fonte de orgulho nacional e consolo espiritual, noticiou a SABA.
Em declaração enquanto ainda estava vivo, o comandante das forças iemenitas afirmou que “queremos aproveitar a oportunidade agora. O inimigo está se preparando e se reunindo, e nós, da mesma forma, devemos agir com maior eficácia e força. Queremos, se Deus quiser, empreender passos, caminhos e ações muito, muito maiores do que em períodos anteriores. Isso significa que todos devem agir, por exemplo, com alta eficácia, seriedade e preocupação, buscando ajuda e confiando em Deus. Se todos formos sérios e preocupados, e essa preocupação for compartilhada por todos, então certamente, se Deus quiser, Deus trará mudanças para todo o país”
Por ocasião do anúncio do martírio do comandante iemenita, o canal de comunicação Resistance News Network (RNN), publicou Mensagens trocadas entre o Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas do Iêmen, Mohammed Al-Ghamari, e o atual Chefe do Estado-Maior das Brigadas Al-Qassam em junho deste ano. À época, as forças israelenses de ocupação haviam tentado, sem sucesso, assassinar Al-Ghamari.
Neste mesmo dia, o revolucionário Sayyed Abdul-Malik Badr El-Din al-Houthi, líder do partido Ansar Alá e da revolução no Iêmen, realizou novo discurso televisionando. Durante o pronunciamento, ele homenageou “nosso irmão, camarada e Chefe do Estado-Maior, o grande mártir Mohammed Abdulkarim al-Ghamari, que deu a sua vida na frente de apoio ao Iémen na batalha da vitória prometida”. Ele também prestou homenagem ao mártir Iahia Sinuar, revolucionário líder do Hamas que foi martirizado em Gaza em 16/10/2024, enquanto combatia os criminosos e genocidas invasores israelenses.
As três principais organizações da Resistência Palestina – Hamas, Jiade Islâmica e Frente Popular para a Libertação da Palestina também se prestaram homenagem a Mohammed Al-Ghamari.
O comandante iemenita tornou-se Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas do Iêmen ainda em 2016, no auge da guerra civil no país, provocada pelo imperialismo e pela Arábia Saudita para tentar afogar em sangue a revolução iemenita.
Diante o anúncio do martírio, o presidente do Conselho Político Supremo, Mahdi Al-Mashat, emitiu uma decisão nomeando o Major-General Youssef Hassan Al-Madani como Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas do Iêmen após o anúncio do martírio de Mohammed Al-Ghamari.




