Paraná

Moradores de Londrina protestam contra assassinatos da PM

Jovem de 22 anos morto em ação policial no dia 6 gera revolta e bloqueios

No dia 10 de junho, moradores de Londrina, Paraná, protestaram em quatro pontos da cidade contra a morte de Gabriel Felipe Rodrigues Dalbello, de 22 anos, assassinado pela Polícia Militar no dia 6 em um suposto confronto no Jardim Interlagos, zona leste. As manifestações, que bloquearam vias como as avenidas Theodoro Victorelli, Saul Elkind, Brasília e o Jardim Nossa Senhora da Paz, denunciaram a ação policial como criminosa.

Os protestos começaram às 17h45 na avenida Theodoro Victorelli, com cerca de 30 manifestantes queimando pneus e exibindo faixas. O grupo seguiu ao viaduto sobre a avenida Dez de Dezembro, causando congestionamentos.

Outros pontos também paralisaram o trânsito, com Bombeiros e equipes da Rotam e do Choque controlando o fogo. A PM alegou que Gabriel desobedeceu a uma abordagem e apontou uma pistola, justificando os disparos como “neutralização da ameaça”. A família, no entanto, desmente a versão policial.

Maria Luíza de Souza, avó de Gabriel, declarou à Rede Lume: “ele não tinha arma nenhuma. A arma era o corpo. Eles pegaram (a arma) em outro lugar e jogaram na mão dele”. Ela questionou: “por que não levaram ele para a delegacia em vez de matar?”. Emily de Souza, esposa de Gabriel, denunciou ameaças da PM desde que ele saiu da prisão, há um ano: “onde eles viam ele, eles diziam que iam acabar com a vida dele”. Maria Luíza confirmou que o neto já sofrera ameaças policiais.

As manifestações expressam revolta contra a violência policial. O Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2024 relata que a PM matou 6.389 pessoas em 2023, com 80% das vítimas negras ou pardas. No Paraná, foram 412 mortes.

A PM intensificou o patrulhamento após os protestos, com viaturas na avenida do Sol. A comunidade exige justiça e punição dos policiais. Para acabar com o genocídio dos pobres, porém, a solução ultrapassa o que a família enlutada pede e necessariamente, passa pela extinção da polícia.

Movimentos sociais devem formar comitês de autodefesa e exigir o fim da repressão. A luta por justiça para Gabriel integra a resistência contra um sistema que mata impunemente.

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