Oriente Médio

Iêmen explode aeroporto de Telavive e aumenta crise em ‘Israel’

Ataque realizado pelos iemenitas atingiu o Aeroporto Internacional Ben Gurion, suspendendo voos internacionais e trens por horas

Em uma incrível ação militar, as Forças Armadas do Iêmen (FAE) realizaram um ataque direto contra o Aeroporto Internacional Ben Gurion, localizado em Tel Aviv, marcando um dos ataques mais críticos dos últimos tempos e gerando enorme crise. O míssil utilizado foi um balístico hipersônico, que perfurou as quatro camadas de defesa aérea da ocupação — incluindo os sistemas norte-americanos THAAD e Hetz 3 (Arrow 3) — e atingiu em cheio o Terminal 3, gerando uma cratera de 25 metros de profundidade e suspendendo voos e trens por mais de uma hora.

A própria imprensa sionista e imperialista foi obrigada a reconhecer a dimensão do feito. O Canal 12 admitiu a falha total dos sistemas de interceptação. O jornal Maariv classificou o ataque como “dramático em escala global”. Um veículo sionista chegou a afirmar que se trata da “operação mais perigosa desde o início da guerra”. O serviço de emergência Magen David Adom confirmou diversos feridos. O Instituto Beit Rivka, em Kfar Chabad, foi danificado pela onda de choque, ouvida até 50 km de distância.

Uma fonte do Ministério de Defesa Iemenita, em relato para o jornal oficial al-Thawra, declarou que o ataque representa o fracasso da missão dos Estados Unidos em conter as operações iemenitas de apoio ao povo palestino, acrescentando que a partida do porta-aviões Truman simboliza o colapso dos objetivos agressivos dos Estados Unidos e do Reino Unido.

A repercussão foi imediata: companhias como Lufthansa, Air India, Air Europa, e companhias suíças e austríacas cancelaram voos para “Israel”. Um alerta das FAE advertiu: o aeroporto Ben Gurion não é mais seguro para a navegação aérea. Mais de 3 milhões de colonos correram para abrigos.

 

Em nota oficial, os iemenitas afirmaram que a ação foi realizada “em apoio ao povo palestino oprimido e seus combatentes, e em rejeição ao crime de genocídio perpetrado pelo inimigo sionista contra nossos irmãos na Faixa de Gaza”.

Uma fonte iemenita declarou ao Al Mayadeen que “Netaniahu quer avançar com o projeto de violar a região, mas as armas do Iêmen irão parar esse plano” e que “nenhum sistema de interceptação, independentemente de seu tamanho ou tipo, será capaz de enfrentar os mísseis iemenitas”. E concluiu: “o ataque ao aeroporto Ben Gurion é a prova da nossa credibilidade e da precisão de nossas armas”.

Em nota, o presidente do Iêmen declarou:

“Não cessaremos nossos ataques aos territórios ocupados enquanto a agressão não for interrompida e o cerco a Gaza não for levantado.

Recorreremos a outras formas de escalada caso a agressão sionista contra Gaza continue.

Os sionistas ainda têm a chance de voltar para suas terras de origem e sair da Palestina, antes que já não possam mais fazê-lo.”

Os grupos da resistência palestina também se posicionaram parabenizando os iemenitas pelo grande feito:

Abu Obeida, porta-voz das Brigadas Al-Qassam, declarou que o Iêmen é o gêmeo da Palestina, por enfrentar forças poderosas e se recusar a se submeter.

O Hamas afirmou que a operação demonstra um firme compromisso iemenita com a causa palestina e uma adesão autêntica à luta ao lado dos oprimidos. Saudou o povo e a liderança do Iêmen, conclamando toda a Umma a se juntar à batalha em defesa dos locais sagrados da Nação e no enfrentamento da ocupação.

Abu Jamal, porta-voz das Brigadas Abu Ali Mustafa, afirmou que o Iêmen envia uma mensagem de ferro e fogo em apoio à Palestina, ressaltando que os ataques evidenciam o fracasso do sistema de segurança da ocupação, apesar dos ataques sionistas-americano-britânicos contra o Iêmen.

A Jiade Islâmica Palestina elogiou a operação, exaltando a coragem, o heroísmo e a firmeza do povo iemenita.

As Brigadas Mártir Abdulqader Al-Husseini parabenizaram brevemente o que chamaram de “ataque estratégico que frustrou as defesas aéreas sionista-americanas”.

O Movimento dos Mujahidin afirmou que o ataque é uma extensão da posição autêntica do Iêmen e confirmou o fracasso da agressão internacional contra o país. Destacaram que a ofensiva expôs a impotência sionista-americana diante da determinação iemenita, e convocaram a Umma a romper o silêncio e seguir o exemplo do Iêmen.

A Frente Popular para a Libertação da Palestina – Comando Geral afirmou que o ataque causou destruição generalizada, paralisou o tráfego aéreo e instaurou o pânico, apesar dos esforços sionista-americanos para deter essas operações. Ressaltaram que a continuidade dos ataques, sua precisão e a defesa iemenita expressam a firmeza iemenita, que agora dá frutos. Declararam que a ofensiva mostra a “impotência dos EUA, incapazes de cumprir seus objetivos agressivos, forçados a recuar com seus porta-aviões, atingidos por drones e mísseis iemenitas como lava ardente”. Conclamaram os povos da Umma a se unirem contra os projetos coloniais sionista-americanos, exigindo ação urgente com base no modelo do Iêmen.

Os Comitês da Resistência Popular felicitaram os “ataques de mísseis iemenitas que estão esmagando os covis dos invasores sionistas noite e dia”. Ressaltaram que essas operações tiram o sono dos colonos e desfazem a ilusão de segurança vendida por Netanyahu. Destacaram que o aumento dos ataques iemenitas confirma o fracasso da agressão contra o Iêmen e prova o apoio iemenita à Palestina. “A coragem e a criatividade do Iêmen estão inaugurando uma nova fase marcada pela impotência da entidade sionista e do inimigo americano diante do avanço das indústrias militares iemenitas, que comprovaram o fracasso dos sistemas de defesa sionista-americanos frente aos mísseis abençoados do Iêmen.”

O Hesbolá, ao saudar a operação, destacou que o ataque superou todos os sistemas de defesa sionistas e americanos, destruindo a arrogância da entidade. Afirmou que o ataque reafirma o fracasso da agressão americano-britânica e da tentativa de forçar o Iêmen a recuar de sua posição contra o genocídio. Tal como outras organizações, reiterou que a postura iemenita é uma mensagem para que todas as nações e povos árabes “mobilizem todas as suas capacidades para apoiar Gaza e seu povo”.

Ainda no mesmo dia, “Israel” anunciou que se prepararia para retaliar o lançamento do míssil. Após o ataque, o primeiro-ministro Benjamin Netaniahu afirmou:

“Agimos contra eles no passado, e agiremos novamente no futuro”

“Isto não será uma resposta única. Haverá grandes golpes”

Desde que Donald Trump assumiu a presidência dos EUA, “Israel” supostamente estaria evitando ataques diretos ao Iêmen, mas agora irão retomar os ataques. Também em tom de ameaça, o ministro da Defesa, Israel Katz declarou:

“Quem nos fere será atingido sete vezes mais”

Já como primeira retaliação, a internet foi completamente cortada nas regiões central e sul da Faixa de Gaza. Essa interrupção ocorre pouco antes da reunião do gabinete sionista que discutirá a intensificação da operação terrestre em Gaza na noite, indicando que haverá importantes movimentações no próximo período.

Com essa agressão aos palestinos, os iemenitas ameaçaram impor um bloqueio aéreo total. Em outra nota oficial, as Forças Armadas declararam:

Em resposta à escalada de agressão “israelense” com a decisão de expandir as operações criminosas contra Gaza, as Forças Armadas do Iêmen anunciam que trabalharão para impor um bloqueio aéreo total contra o inimigo “israelense”, por meio da repetida ofensiva a seus aeroportos, especialmente o Aeroporto de Lydda, chamado pelos “israelenses” de “Ben Gurion”.

As Forças Armadas do Iêmen exortam todas as companhias aéreas internacionais a considerarem com seriedade este comunicado desde sua publicação, e que cancelem todos os voos para os aeroportos do inimigo criminoso, a fim de preservar a segurança de suas aeronaves e de seus clientes.

O querido Iêmen, livre e independente, não aceitará a continuidade das violações que o inimigo tenta impor ao atacar países árabes como o Líbano e a Síria. Reafirma-se que esta nação não teme o confronto e rejeita a submissão e a humilhação.

Mais uma vez, os iemenitas realizam um feito heroico contra a criminosa ocupação sionista, reforçando sua firmeza no apoio ao povo palestino. O ataque foi direcionado para o principal aeroporto do território ocupado, em Telavive, que funciona como o principal ponto de entrada e saída internacional, além de ser altamente protegido por sistemas de defesa, considerado um dos locais mais sensíveis do ponto de vista militar e político.

O ataque expõe mais uma grande fragilidade de “Israel” no atual cenário e acentua ainda mais a crise. A ocupação sionista passa por um processo de completa desmoralização política e militar, como pôde ser visto nas diversas declarações da imprensa “israelense”. A resposta ao ataque do Iêmen indica também que os mísseis causaram um impacto político severo para os sionistas.

“Israel” decidiu iniciar sua retaliação primeiro com o corte da internet em Gaza e agora são os iemenitas que ameaçam novamente os sionistas com o bloqueio aéreo. Tudo isso indica que esse foi um dos ataques mais importantes e impactantes da resistência e que causou uma crise gravíssima, necessitando de uma resposta urgente da ocupação sionista. As repercussões em ambos os lados apontam para uma acentuação do conflito, com potencial de uma resposta ainda mais poderosa da resistência.

Devemos ter claro que a situação política e militar para “Israel” vai de mal à pior. Nos últimos meses, até mesmo a imprensa sionista e a imprensa internacional reconhecem que os “israelenses” estão tendo sérias dificuldades de lidar com a resistência, mesmo com todo seu poderio militar e o apoio do imperialismo, principalmente dos Estados Unidos. Mesmo com a enorme desproporção, o eixo da resistência segue sendo um exemplo heroico para os oprimidos do mundo inteiro. O ataque do Iêmen é mais um grande exemplo de como os oprimidos do mundo devem se levantar contra a opressão sionista.

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