Brasil

Mascaro denuncia ‘indústria do cancelamento’

Professor da USP é vítima de perseguição baseada em denúncia anônima

Na última quinta-feira (25), o professor universitário Alysson Mascaro concedeu uma entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, que a classificou como “a mais importante da sua vida”. O tema central da conversa foi a perseguição sofrida por Mascaro nos últimos meses, por conta de uma acusação publicada no sítio do The Intercept.

Logo no início, o professor agradeceu a Attuch por defendê-lo das “calúnias de assédio sexual” publicadas de forma vil pela imprensa burguesa. A acusação, segundo Mascaro, foi parte de uma “infame campanha persecutória”, que ele descreveu ainda como “implacável e inenarrável”.

Attuch, logo no início, destacou que o “cancelamento” é, muitas vezes, mais cruel que a própria prisão. Demonstrando concordância, Mascaro afirmou que “eventualmente é a forma contemporânea da inquisição. O que a inquisição foi para a Idade Média e para o absolutismo na Idade Moderna é o cancelamento no século XXI”.

Mascaro relatou que sofreu perseguição não apenas na Internet, mas também física, sendo obrigado a adotar medidas, inclusive, de segurança pessoal.

“Tive que ser orientado por pessoas especializadas em segurança a não sair de casa em horários aleatórios, e sim manter a rotina, mas mudando o caminho”, relatou. No entanto, apesar dessas medidas, ele ressaltou que “houve meios para se proteger fisicamente, mas não há defesa contra o cancelamento”.

As acusações que deram origem ao linchamento moral foram absurdas: denúncias anônimas de assédio e “violência sexual” contra homens, sem apresentação de provas. Mascaro ainda enfatizou que seu julgamento moral na esfera pública foi desproporcional e devastador.

Sobre as motivações da campanha contra ele, o professor foi categórico: “é uma questão múltipla. Envolve participação de muitas pessoas, ódio político, inveja, tentativa de cortar a minha fala pública e atingir também outras pessoas além de mim”. Alysson Mascaro sofreu represálias da própria Universidade de São Paulo (USP), na qual ele é professor.

Mascaro comentou que viu com bons olhos que o caso dele foi um estopim do que chamou da indústria do cancelamento

“A partir do meu caso, acaba a ‘indústria do cancelamento’.”

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