Minas Gerais enfrenta um déficit habitacional de 500 mil moradias, segundo a Fundação João Pinheiro, em debate na Assembleia Legislativa no dia 16 de junho. Cerca de 1,2 milhão de pessoas vivem em favelas, ocupações e loteamentos irregulares, conforme dados do IBGE, situação que exige da esquerda um amplo movimento por moradia, enfrentando a negligência do criminoso governo estadual.
O debate reuniu deputados, movimentos sociais e representantes do governo. Subsecretário de Desenvolvimento Social, Hugo Daysel defendeu o governo dizendo que “a atual administração entregou 100 mil títulos de propriedade e tem mais em andamento. Buscamos parcerias com municípios para soluções regionais”, porém Carla Mendes, do Movimento Nacional de Luta por Moradia, cobrou: “é preciso construir. Tem gente morando em condições desumanas”.
A liquidação da Cohab-MG, iniciada em 2022, desmontou programas habitacionais e a regularização fundiária não resolve a falta de moradias. A Fundação João Pinheiro indica que 70% do déficit afeta famílias com renda até 3 salários mínimos. Em Belo Horizonte, ocupações como Rosa Leão exigem titulação e infraestrutura.
A crise reflete a falta de investimento público. O programa Minha Casa, Minha Vida entregou 4,7 milhões de unidades no Brasil desde 2009, mas apenas inacreditáveis 8 mil em todo o estado de Minas em 2023. A esquerda deve liderar ocupações de terrenos ociosos e exigir habitações populares.