O Comitê de Luta Palestina Livre de Ilhéus (BA) realizou uma agenda de luta nos dias 13 e 14 de junho de 2025, denunciando a presença de soldados da ditadura sionista em férias em Itacaré e Morro de São Paulo. A coordenadora Anne Lucy Vieira destacou que os atos buscaram informar a população sobre o genocídio palestino e exigir a saída de militares do enclave imperialista, acusados de crimes contra mulheres e crianças.
No primeiro dia, em Ilhéus, o comitê promoveu uma mesa de debate na Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) com Ademar Bogo e André Constantine, discutindo o “Genocídio na Palestina: Como proteger as infâncias?”, com cerca de 160 participantes. À tarde, uma roda de conversa no Sindicato dos Bancários, com Constantine e Vieira, abordou o “Holocausto nazissionista palestino”, reunindo 10 pessoas. No fim do dia, um ato na Catedral de Ilhéus informou sobre os soldados sionistas em Itacaré, com 10 participantes.
No segundo dia, em Itacaré, o comitê exibiu vídeos sobre Gaza no Banana’s Hostel, com o palestino-libanês Wissam e André Constantine, discutindo a criação de um comitê local. Cerca de 25 pessoas participaram. À noite, um ato na Rua Pituba denunciou publicamente os militares do país artificial, com 12 participantes. Faixas e microfones foram usados, com palavras de ordem como: “Chega de chacina! PM na favela e ‘Israel’ na Palestina!”; “Estado de ‘Israel’, Estado assassino! E viva a luta do povo palestino!”; “Criminosos de guerra não são bem-vindos aqui no Brasil!”.
Anne Lucy esclareceu que o ato não visava comerciantes ou judeus, mas os “criminosos de guerra” sionistas. Ela destacou a relação entre a opressão palestina e a violência policial nas favelas brasileiras, rejeitando acusações de antissemitismo. Durante a caminhada em Itacaré, os líderes do ato foram alvos de ovos lançados de um prédio.
No dia seguinte, o jornal Bahia Notícias publicou uma matéria caluniosa, divulgando que o protesto era “pró-Irã e Hamas”, alegando bloqueios de vias, o que não constitui nenhum crime no País. O evento reforça a luta contra o genocídio em Gaza e a presença de militares sionistas no Brasil, com o comitê planejando novas ações para pressionar por deportações.