Oriente Médio

Ben-Gvir volta a invadir Mesquitas palestinas na Cisjordânia

Tática de desrespeito religioso, repetida em Al-Aqsa e outros locais, visa humilhar o povo palestino

Na última segunda-feira (14), o ministro da Segurança Nacional do país artificial, Itamar Ben-Gvir, liderou um grupo de colonos em uma incursão à Mesquita Ibrahimi, em Hebron, na Cisjordânia ocupada, conforme fontes confirmadas pela rede catarense Al Jazeera. A invasão é mais um ato criminoso da ditadura sionista para humilhar os palestinos, profanando um dos locais mais sagrados do Islã na região.

Líder do partido ultranacionalista Otzma Yehudit, Ben-Gvir usou a mesquita como palco para discursar sobre disputas políticas internas do enclave imperialista, incluindo os planos do governo do primeiro-ministro Benjamin Netaniahu para destituir o chefe da agência Shin Bet Ronen Bar, em meio a atritos com o premiê. Escoltado por forças armadas, o ministro não fez declarações públicas no local, mas sua presença intensificou as tensões em Hebron, onde a Mesquita Ibrahimi é alvo recorrente de violações sionistas.

A Mesquita Ibrahimi, reverenciada por muçulmanos como o túmulo dos profetas Abraão, Isaque e Jacó, foi dividida após o massacre de 1994, quando o colono sionista Baruch Goldstein assassinou 29 palestinos em oração. Hoje, 40% do espaço é reservado aos muçulmanos, e o restante, aos judeus, segundo a ONG B’Tselem. A UNESCO declarou o local como patrimônio palestino em 2017, mas o país artificial mantém controle militar, com 1,5 mil soldados protegendo cerca de 400 colonos na área, conforme a agência de notícias turca Anadolu.

Ben-Gvir tem histórico de provocações em locais sagrados palestinos. Nos últimos três dias, centenas de colonos, apoiados por forças sionistas, invadiram a Mesquita Al-Aqsa, em Jerusalém Oriental, para celebrar a Páscoa judaica, segundo a Al Jazeera.

Durante o conflito em Gaza, que matou mais de 41 mil palestinos desde outubro de 2023, segundo a ONU, ele visitou Al-Aqsa várias vezes. Em 18 de julho de 2024, gravou um vídeo no complexo afirmando ter ido “orar e trabalhar” contra um cessar-fogo em Gaza, conforme o jornal britânico The Guardian.

A violência na Cisjordânia aumentou 40% em 2024, com 1.253 ataques de colonos, incluindo agressões e destruição de propriedades, deslocando 14 mil palestinos, segundo a ONU. A Corte Internacional de Justiça (CIJ), em julho de 2024, declarou a ocupação sionista ilegal, exigindo a retirada dos assentamentos. Mesmo assim, o governo Netaniahu planeja construir 5 mil novas unidades em colônias até 2025, segundo a Al Jazeera.

A invasão de Ben-Gvir na Mesquita Ibrahimi não é apenas uma afronta à soberania palestina, mas um escárnio deliberado à fé muçulmana. Ao profaná-la com discursos políticos e presença armada, o país artificial busca humilhar os palestinos, usando locais sagrados como ferramentas de opressão. Essa tática de desrespeito religioso, repetida em Al-Aqsa e outros locais, visa minar a moral da resistência do povo árabe por meio da humilhação, agravando os crimes da ditadura sionista.

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