Dia da Vitória

Ato Nacional celebra os 80 anos da vitória sobre o nazismo

Atividade foi promovida pela Internacional Antifascista

Na manhã desse sábado (10), a cidade de São Paulo foi palco de um grande ato nacional em homenagem aos 80 anos da derrota do nazismo, reunindo representantes de partidos políticos, movimentos populares e delegações internacionais na Academia Paulista de Letras, em São Paulo. O evento integra uma jornada mundial convocada pelo capítulo brasileiro da recém-fundada Internacional Antifascista, presente hoje em quase 70 países.

Com início às 9h, a atividade contou com a apresentação musical da banda Revolução Permanente e uma série de intervenções de representantes políticos e sociais do Brasil e do exterior. O ato prestou tributo à vitória histórica da União Soviética e dos povos do mundo contra o nazismo, ao mesmo tempo em que denunciou a ofensiva imperialista atual e convocou à mobilização internacional.

Entre os presentes, compuseram a mesa dirigentes de organizações de esquerda e movimentos populares: Rui Costa Pimenta, presidente nacional do Partido da Causa Operária (PCO), Amanda Harumy, da Secretaria de Relações Internacionais do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Carlos Caíque de Araújo, da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL), Manuel Vadell, embaixador da Venezuela no Brasil, José Roberto Guido, secretário sindical do Diretório Municipal de São Paulo do Partido dos Trabalhadores (PT) e Secretário de Finanças do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) e José Reinaldo Carvalho, presidente do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz) e membro do Comitê Central Nacional do Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Também marcaram presença representantes do Instituto Brasil-Palestina (Ibraspal), da Frente Internacionalista dos Sem Teto (FIST) e ativistas de diversas regiões do país.

O Dia da Vitória é celebrado internacionalmente como a data em que os trabalhadores e povos do mundo derrotaram o nazismo alemão. No entanto, como ressaltaram diversos oradores, o imperialismo vem tentando ocultar o papel decisivo da União Soviética na Segunda Guerra Mundial. Por isso, a Internacional Antifascista convocou o ato como parte da luta ideológica e política da classe operária internacional.

“A unidade contra o imperialismo é o caminho para evitar a guerra”

Em sua intervenção, Rui Costa Pimenta destacou que o cerco ao governo Lula pelo imperialismo internacional é cada vez mais intenso. “O imperialismo quer uma solução drástica para o Brasil, que passa por tirar o PT do governo”, afirmou. Para o dirigente do PCO, somente a revolução socialista pode impedir uma guerra mundial de grandes proporções: “Cabe à nossa geração derrotar o imperialismo. A unidade de todas as forças que lutam contra o imperialismo vai abrir o caminho”.

Ele também desmascarou a tese de que as democracias ocidentais derrotaram o nazismo. “Os EUA viam com bons olhos uma vitória nazista sobre a URSS. O fascismo era a vanguarda do imperialismo contra a classe operária mundial”. Pimenta destacou ainda a vitória do povo vietnamita contra os EUA como exemplo de que a luta contra o fascismo é inseparável da luta anti-imperialista.

Solidariedade internacionalista e o papel do Brasil

Amanda Harumy, do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), saudou a presença do presidente Lula em Moscou, ao lado dos presidentes Nicolás Maduro (Venezuela) e Miguel Díaz-Canel (Cuba). “A luta internacionalista é a disputa da nossa sociedade”, afirmou.

Roberto Guido, dirigente sindical do PT, alertou sobre a nova fase do imperialismo: “hoje, o que sobra é a violência para abrir espaço às grandes empresas. Daí a importância dessa frente”.

Manuel Vadell, embaixador da Venezuela, condenou as tentativas de reescrever a história e apagar o papel dos soviéticos na derrota do nazismo. “Nosso ato é um momento de ativação para novas mobilizações. Precisamos nos unir na diversidade contra um inimigo comum: o fascismo”.

José Reinaldo, presidente do Cebrapaz, enfatizou que a batalha contra o nazifascismo é, hoje, a luta contra o imperialismo. “É nosso dever exercer a memória histórica para a honra dos povos que resistiram com armas e com dignidade”.

Palestina e a atual resistência ao imperialismo

As intervenções também destacaram o papel da Resistência Palestina como símbolo da luta antifascista atual. Breno Altman, jornalista e militante da causa palestina, afirmou que “os povos sempre recobram forças e derrotam o inimigo — como na Palestina. Apesar de 20 meses de genocídio, o povo palestino não se rendeu”.

O representante do Ibraspal declarou que o 7 de outubro de 2023, quando a Resistência Palestina lançou um ataque contra as forças sionistas, “foi uma vitória sem precedentes que marcará o fim de ‘Israel’ como o conhecemos”. E completou: “a vitória soviética deve inspirar os trabalhadores de hoje. A vitória está sempre ao alcance dos povos oprimidos”.

Cláudio, da FIST, denunciou o financiamento internacional das forças repressivas no Brasil: “O bandido que governa o Rio compra armas de ‘Israel’ para matar nas favelas. Os EUA deram um bilhão para o BOPE matar. É preciso romper com o estado assassino de ‘Israel’, romper com o genocida Netanyahu. Nossa luta vai germinar. Vamos vencer”.

Um chamado à organização e à mobilização

O evento marcou não apenas a celebração de uma vitória histórica, mas também um chamado à reorganização da luta anti-imperialista em escala mundial.

“Esse ato é um primeiro passo, ainda modesto, para a construção da Internacional Antifascista, que surgiu em uma reunião em Caracas. Quando falamos de Internacional Antifascista, estamos falando da Internacional Anti-imperialista”, afirmou Rui Pimenta.

Ao final do evento, os participantes reiteraram a necessidade de fortalecer a Internacional Antifascista no Brasil e no mundo, convocando todas as forças populares, movimentos sociais e partidos que combatem o avanço da extrema direita e do imperialismo para uma ação unificada.

Celebrar a vitória dos trabalhadores contra os nazistas de 80 anos atrás é apoiar a luta contra o nazismo de hoje. É apoiar os povos da Venezuela e de Cuba. É apoiar a luta anti-imperialista promovida pela Rússia, pelo Irã, pela China e por todos os povos oprimidos e esmagados pelo imperialismo.

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