No dia 7 de outubro de 2023, o mundo foi sacudido por um acontecimento histórico: o ataque da resistência palestina, liderado pelo Hamas, contra as bases militares sionistas que cercam Gaza. Aquele momento não foi apenas um episódio militar, mas uma virada política de dimensão mundial. Foi a expressão viva de que os povos oprimidos podem enfrentar o imperialismo e suas máquinas de guerra. A alegria que tomava conta dos militantes revolucionários naquele dia só encontra paralelo na vitória do povo vietnamita, que expulsou os norte-americanos de Saigon em 1975.
Desde então, o que se vê é uma epopeia política extraordinária. Sem recursos, sem o apoio de potências estrangeiras, combatendo em condições inimagináveis, a resistência palestina tem enfrentado, há dois anos, o mais brutal dos exércitos, sustentado pelo imperialismo norte-americano e europeu. É um feito que reergue a moral dos lutadores em todo o planeta e mostra que o caminho da luta é possível.
Muitos tentaram reduzir o Hamas ao seu caráter islâmico. Mas fato é que qualquer comunista que estivesse na Palestina, nada faria diferente do que as Brigadas Al-Qassam e os demais grupos de resistência têm feito. O heroísmo, a tenacidade, a sabedoria política desse movimento devem inspirar humildade e respeito em toda a esquerda. O que se vê ali é a demonstração mais cabal de que a luta armada dos povos contra a opressão é o único caminho real.
A ofensiva palestina mudou a política mundial. Desmascarou a hipocrisia da “comunidade internacional”, que fala em paz enquanto financia o genocídio.
A defesa do Hamas é, ao mesmo tempo, a defesa do direito de todos os povos oprimidos, inclusive do povo brasileiro, de lutar contra seus algozes. A resistência palestina é hoje a ponta de lança da luta mundial contra o imperialismo. É a expressão mais elevada do heroísmo dos povos.





