Jon Finer, o vice-conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, declarou, nesta terça-feira (10), que “essas tropas estão lá [na Síria] por uma razão muito específica e importante, não como uma espécie de moeda de troca”, acrescentando que “estão lá há quase uma década ou mais para lutar contra o EI [Estado Islâmico]… ainda estamos comprometidos com essa missão”.
As tropas norte-americanas na Síria estão há anos posicionadas no nordeste do país. Apesar da alegação oficial de que sua presença seria para combater o EI, os EUA jamais combateram efetivamente o Estado Islâmico, organização esta que, no decorrer da década passada, foi utilizada pelo próprio imperialista norte-americano para desestabilizar países do Oriente Próximo. O combate ao EI na região, ao contrário, foi feito pelo Exército Árabe Sírio, com auxílio da Rússia e do Irã.
Conforme afirmado anteriormente pelo governo de Bashar al-Assad, recentemente derrubado por golpe imperialista liderado pelo Hay’at Tahrir al-Sham (HTS) (antigo braço da Al-Qaeda na Síria), a presença de tropas imperialistas na Síria tinha a finalidade de saquear os recursos naturais do país: no nordeste da Síria, onde as tropas estão estacionadas, há campos de petróleo.
Atualmente, os EUA consideram retirar o HTS da lista oficial de organizações terroristas, com órgãos de imprensa do imperialismo realizando campanha de propaganda para dar imagem favorável ao líder do HTS e ao grupo.