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Brasil e Palestina

Sionistas pressionam Lula a condenar Irã em defesa de genocidas

Pouco após a nota equilibrada do Itamaraty, os repteis sionistas levantam sua cabeça para tentar pressionar Lula a defender o Estado nazista de “Israel”

No domingo (14), o Irã lançou um ataque aéreo contra “Israel” em retaliação ao bombardeio do consulado iraniano em Damasco, na Síria, que aconteceu no dia 1 de abril. Foi um ataque certeiro, até o momento não há mortes confirmadas, e se demonstrou como um aviso. A mensagem do Irã é clara: não nos ataquem mais senão os atacaremos com grandes danos. Nesse sentido, é um feito quase impossível de condenar e atua inclusive dentro das leis internacionais. Mesmo assim, o lobby sionista pressiona o governo Lula para atuar em defesa dos genocidas israelenses.

A nota divulgada pelo Itamaraty não apoia o Irã, como poderia ter feito, o que foi o caso do governo do Omã, por exemplo. Ela tem um tom moderado tipico da diplomacia brasileira. Lembra a política de Lula para a Ucrânia, que foi muito mais acertada do que sua política para “Israel”. Desde o início da guerra, no dia 7 de outubro, o governo Lula, apesar de ser claramente defensor da Palestina, cometeu uma série de erros.

A nota oficial do Itamaraty afirma:

“O Governo brasileiro acompanha, com grave preocupação, relatos de envio de drones e mísseis do Irã em direção a Israel, deixando em alerta países vizinhos como Jordânia e Síria.

Desde o início do conflito em curso na Faixa de Gaza, o Governo brasileiro vem alertando sobre o potencial destrutivo do alastramento das hostilidades à Cisjordânia e para outros países, como Líbano, Síria, Iêmen e, agora, o Irã.

O Brasil apela a todas as partes envolvidas que exerçam máxima contenção e conclama a comunidade internacional a mobilizar esforços no sentido de evitar uma escalada.

Em vista dos últimos acontecimentos no Oriente Médio, o Ministério das Relações Exteriores orienta os brasileiros que evitem viagens não essenciais à região, em particular a Israel, Palestina, Líbano, Síria, Jordânia, Iraque e Irã e que os nacionais que já estejam naqueles países sigam as orientações divulgadas nos sítios eletrônicos e mídias sociais das embaixadas brasileiras.

O Itamaraty vem monitorando a situação dos brasileiros na região, em particular em Israel, Palestina e Líbano desde outubro passado.”

Entretanto, apesar de seu tom moderado, é positivo o fato de que Lula não condenou o Irã. Algo que já foi o suficiente para fazer com que os sionistas se voltem contra o governo.

O lobby sionista

O primeiro sionista a se pronunciar foi o embaixador de “Israel” no Brasil, um homem que já deveria ter sido expulso do País pelo presidente Lula há muito tempo. Zonshine afirmou que “não achou nenhum tipo de condenação” na nota divulgada pelo Itamaraty. “Fiquei muito desapontado. Acho que quando há este tipo de ataque, de um país em seu território contra outro país, e o Brasil aceita isso, ou pelo menos não condena, me deixa muito desapontado. Espero que não continuem com este tipo de mensagens“, disse.

O embaixador cinicamente ignora que quem foi atacado foi o Irã, no dia 1º de abril, e que a retaliação a este tipo de ataque é prevista nas leis internacionais. Nesse sentido, o Irã agiu de forma completamente regular. O ataque poderia, inclusive, ter sido muito mais violento que ainda estaria seguindo os acordos internacionais.

Já na segunda-feira (15), a BBC, porta-voz do imperialismo inglês, também publicou um artigo para pressionar o governo Lula. No artigo, de título Por que Brasil não condenou ataque iraniano a Israel?, a BBC convida um diplomata sionista, Rubens Barbosa, para criticar Lula. Ele afirma: “o Brasil deveria ter condenado também [o ataque contra ‘Israel’] para ter uma posição equivalente, até para não dar margem a isso que eu estou dizendo, [as críticas de] que o Brasil teve uma posição desequilibrada“.

O golpe clássico do sionismo, condenar os dois lados. O Irã seria tão culpado quanto “Israel”, é absurdo. O Estado de “Israel” desrespeita todas as leis internacionais, todas as deliberações da ONU. O Irã inclusive tentou agir por meio de diplomacia e foi ignorado na ONU. O Irã não pode ser condenado por suas ações.

Depois o diplomata revela sua proximidade ao sionismo: “não houve nenhuma modificação da relação entre o Estado de Israel e o Estado do Brasil. Tem muito interesse econômico, comercial e até de defesa [entre os dois países]. Então, isso vai passar quando mudar o governo lá“. Ele defende que o Brasil mantenha relações com o “Israel”, inclusive na “defesa”, ou seja, que o Brasil seja cúmplice no genocídio dos palestinos. É evidente que relação de “Israel” com o mundo inteiro está abalada, não é algo relacionado a Netaniahu, mas sim ao próprio Estado de “Israel”.

A BBC também convida outra sionista para comentar, a Pesquisadora do Instituto de Relações Internacionais da USP e colaboradora do Instituto Brasil-Israel, Karina Calandrin. Ela afirma: “eu acho que a ação israelense em Gaza é injustificada, então o presidente Lula tem total direito de criticar a ação israelense de maneira geral. O erro, o meu ver, naquela fala polêmica, foi a questão do holocausto“.

Mais uma vez a imprensa imperialista pressiona o governo Lula sobre como deve agir, não pode comparar “Israel” a Hitler, pois isso seria negativo. O problema é que foi justamente essa frase que colocou o presidente Lula como defensor da Palestina nos olhos do mundo. Ou seja, pode tudo, menos aparecer internacionalmente como defensor da Palestina.

Ela defende a mesma tese: “o atual governo de Israel se insere nessa extrema direita internacional. Então, quando troca o governo no Brasil [de Jair Bolsonaro para Lula], era esperado que as relações fossem mudar“. É mais uma tentativa de salvar o Estado de “Israel”. A verdade é, o que está queimado não é o governo Netaniahu, mas sim a própria existência de “Israel”. Os sionistas tentam pressionar Lula para ser um “sionista de esquerda”, isto é, a ala esquerda do nazismo. Essa é uma posição que o presidente não tende a aderir.

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