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Política internacional

Semana é marcada por repressão policial a protestos pró-Palestina

Com o crescimento da indignação popular após massacres de Rafá, cresce também a reação estatal

Diante dos mais recentes bombardeios criminosos em Rafá, perpetrados pelo Estado sionista de “Israel”, uma nova onda de protestos contra o genocídio em curso atravessou o planeta. Cada dia mais, pessoas que têm qualquer espírito humanitário ingressam nas fileiras dos defensores da Palestina. Também vem aumentando o apoio direto à resistência, liderada pelo Hamas, que é quem verdadeiramente leva adiante a luta pela libertação dos palestinos.

No entanto, assim como as massas se levantam internacionalmente, impulsionadas pelas lutas dos oprimidos em todo o mundo, e, em especial, pela resistência palestina, o imperialismo se prepara para enfrentar essa situação. A crise política em que os países imperialistas estão mergulhados só se agrava, e seus inimigos mais ativos, como os governos da Rússia e do Irã, aproveitam para se fortalecerem diante da debilidade dos dominadores.

Desse modo, empurrados contra a parede, o imperialismo tem a necessidade de ir para a guerra contra todos os povos e os trabalhadores de todo o mundo. E, para isso, precisam anular a oposição, aumentando a repressão, seja em seus próprios países ou nos países dominados por ele.

Neste artigo, apresentamos um levantamento exclusivo feito por este Diário da repressão aos protestos em apoio ao povo palestino ocorridos na última semana.

Suíça

Na Suíça, ainda que a repressão não tenha escalado tanto quanto em outros países, a polícia dedicou um grande efetivo apoiado por dezenas de viaturas para invadir a Universidade da Basileia e expulsar os estudantes que protestavam, segundo o jornal Swiss Info. A vultosa operação policial mostra uma tendência de aumento da repressão e da desagregação social em um dos países mais ricos e estáveis do mundo.

Estados Unidos

Nos EUA, a repressão policial atingiu níveis altíssimos já há algumas semanas. O governo Biden é corretamente reconhecido pelos estudantes como o principal responsável pelo genocídio em Gaza. Colocado numa encruzilhada política, o governo norte-americano decidiu reprimir duramente os protestos. De acordo com o New York Times, mais de 2900 manifestantes foram presos entre os dias 18 de abril e 30 de maio em cerca de 70 universidades em 30 Estados do país.

Australia

A Universidade Nacional da Austrália (ANU, em inglês) usou a polícia para desmantelar uma ocupação em defesa da Palestina. Por conta do tamanho do protesto, a repressão não chegou a ser dura, mas revela a inevitabilidade do uso da força do Estado na medida em que as manifestações cresçam. A ANU emitiu uma nota alegando que a ocupação estava em um local que oferecia perigo e a obrigou a mudar, impondo uma derrota parcial, já que a ocupação não desfez. No entanto, no sábado (1), a universidade ameaçou novamente os manifestantes.

Áustria

A Áustria vem reprimindo o apoio à Palestina desde o início do conflito. Segundo emissora libanesa Al Mayadeen, no dia 11 de outubro de 2023 (apenas 4 dias após a heroica operação militar da resistência palestina liderada pelo Hamas), 310 multas já haviam sido aplicadas contra apoiadores da Palestina. No entanto, na última semana, acompanhando a escalada de repressão mundial, a polícia austríaca prendeu 16 pessoas em um protesto em frente a Universidade de Tecnologia de Viena, conforme noticiado pelo Middle East Monitor.

Suécia

Na última semana, a polícia atacou a manifestação pacífica com gás lacrimogêneo e agrediu brutalmente os manifestantes, dispersando o protesto ao arrastar dezenas de pessoas para fora do local, inclusive os impedindo de voltar para buscar seus pertences que se perderam durante a repressão.

Bélgica

Na Bélgica, manifestantes se reuniram em frente à embaixada de “Israel” e foram violentamente atacados pela polícia com gás lacrimogêneo, cassetetes e potentes jatos d’água, ferindo dezenas de pessoas. Nos vídeos divulgados pela emissora iraniana Press TV, é possível ver que o protesto é completamente pacífico, com as pessoas apenas segurando cartazes e a gritando palavras de ordem. Segundo o Middle East Monitor, vários participantes estão processando a polícia por uso desproporcional de força. A matéria também relata um manifestante que precisou de uma cirurgia no olho ao ser atingido por um jato d’água.

Canadá

Os estudantes do Canadá também estão realizando ocupações em duas universidades: a UBC (University of British Columbia) e a Universidade de Toronto. O jornal Vancouver Sun registrou que a polícia prendeu um manifestante na UBC e, nos dois casos, reprimiu violentamente os protestos. Segundo o ultra reacionário The Jerusalem Post, em Toronto a manifestação contou com a participação de um membro da FPLP e os manifestantes gritavam “vida longa ao 7 de Outubro”, em referência ao heroico ataque liderado pelo Hamas contra a ocupação de “Israel”.

Alemanha

Outro país que desde o início vem registrando casos de repressão policial brutal contra o movimento em defesa da Palestina é a Alemanha, incluindo prisões e proibições de protestos. O Middle East Monitor publicou uma matéria na última quinta-feira (30) relatando a violência da polícia contra uma manifestação na terça-feira (28).

Reino Unido

A escalada da repressão na Inglaterra também atingiu níveis recordes na semana passada, com a prisão de 40 pessoas em um único protesto. Segundo o jornal Arab News, a alegação da polícia é que a atividade havia sido marcada para terminar as 8 horas da noite, porém ainda havia centenas de manifestantes na rua a essa hora. Uma demonstração de que praticamente não existe mais nenhum resquício de democracia no país. Vale lembrar que a defesa do Hamas está expressamente proibida e pessoas já foram presas por isso.

França

Em Paris, na França, uma manifestação foi impedida de chegar até as proximidades da embaixada de “Israel” ao ser dispersada pela polícia com a tradicional violência do governo francês. A agência de notícias Anadolu reportou que os manifestantes cantavam palavras de ordem contra “Israel”, em defesa da Palestina e contra o governo Macron.

Grécia

De acordo com reportagem da emissora catarinense Al Jazeera, o governo grego prometeu impedir que as manifestações nas universidades do país se espalhem como vem acontecendo em outros lugares. Em um protesto recente, 28 pessoas foram presas acusadas de diversos crimes, já que, na Grécia, ainda não se proibiu, formalmente, que haja manifestações em defesa da Palestina. Na última semana, 9 dos presos, que são estrangeiros, foram condenados à expulsão da universidade e em breve poderão ser condenados à deportação.

México

No México, uma manifestação que se encaminhava até a embaixada de “Israel” foi impedida pela polícia, que estava com um efetivo completamente desproporcional e altamente preparada para uma repressão extrema. Segundo reportagem da Al Jazeera, os manifestantes reagiram à agressão policial e dezenas ficaram feridos.

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