O dia 3 de agosto foi marcado por atos internacionais convocados pelo Hamas, o grupo revolucionário que está a frente da luta em defesa da Palestina. No Brasil, o Partido da Causa Operária convocou o ato em São Paulo e contou com a participação de convidados especiais como Reda Sued com o Campo Progressista Árabe.
A atividade tornou-se uma homenagem a Ismail Hanié, mártir assassinado por “Israel”, como também uma defesa do governo Maduro contra o golpe na Venezuela.
Reda foi o segundo orador da atividade e além de elogiar a iniciativa do PCO, destacou a luta revolucionária de de Hanié.
“Boa noite, companheiros. Em primeiro lugar, quero agradecer ao PCO pela iniciativa de convocar esses dois atos conjuntos de solidariedade ao povo venezuelano e em memória à morte do líder da resistência islâmica Ismail Hanié. São duas oportunidades que demonstram o espírito internacionalista do PCO e sua solidariedade com os povos oprimidos que lutam contra o imperialismo.
Em primeiro momento, falando de Hanié, ele não foi a primeira liderança palestina a ser assassinada pelo criminoso estado sionista e nem por seus patrões norte-americanos. É uma prática sucessiva que acontece a cada instante e a cada momento. Mas a morte de Hanié não vai abalar a luta do povo palestino, muito pelo contrário. Ela será mais uma motivação e determinação de que a luta vai continuar até derrotar o inimigo sionista.
Da mesma forma, o povo venezuelano é vítima do mesmo agressor sionista e imperialista norte-americano e ocidental em geral, que, desde a revolução bolivariana com Hugo Chávez, as tentativas de assassinato de lideranças políticas nunca cessaram. Assim aconteceu com Chávez e vem acontecendo com Maduro, e as práticas golpistas permanecem intactas e continuadas. Então, companheiros, é um momento de prestar nossa homenagem, nossa solidariedade e de agradecer ao PCO pelo empenho que tem demonstrado ao longo desses 10 meses de enfrentamento e tem mostrado o caminho para as forças de esquerda brasileiras, o caminho natural que as esquerdas e as forças revolucionárias devem tomar e não se desvirtuar do objetivo principal e do inimigo principal, que é o imperialismo. Esse mesmo imperialismo que travou e vem travando sucessivos golpes, o golpe contra a presidente Dilma também foi praticado por esses mesmos inimigos dos povos oprimidos ao redor do mundo. Agradeço novamente o convite e quero dizer que a luta não deve parar, muito pelo contrário. Nós entramos numa nova fase da luta, pelo menos no leste da Ásia, na região chamada pelos europeus de Oriente Médio. É uma nova fase de enfrentamento que, com certeza, deve culminar com a vitória dos povos árabes contra o inimigo sionista e imperialista.
Muito obrigado, companheiros.”