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Partido dos Trabalhadores

PT finalmente reage (pouco) contra censura sionista

PT denuncia perseguição da Breno Altman, dizendo inclusive que a CONIB age em nome do governo de Israel em nosso país. Contudo, o governo segue apoiando PL das Fake News

Breno Altman

Breno Altman, jornalista fundador do portal de notícias Opera Mundi, vem sendo perseguido há meses pelo aparato de repressão do Estado brasileiro e suas instituições, nomeadamente o poder judiciário, a partir do Ministério Público e da Polícia Federal. A perseguição fora desatada a partir de denúncia feita por entidades sionista no Brasil, para impedir Altman de expressar suas posições políticas sobre a Palestina, “Israel”, a relação histórica entre ambos os países e o genocídio que o Estado sionista vem cometendo contra os palestinos, em especial desde o 7 de Outubro.

Em razão disto, no último sábado (30), a Comissão Executiva Nacional (CEN) do Partido dos Trabalhadores (PT) publicou uma nota na página oficial do partido na internet, condenando a “inaceitável perseguição ao jornalista Breno Altman”.

Segundo a nota, “a ação contra o jornalista tem como única motivação o seu firme e correto posicionamento contra o massacre do povo palestino pelo governo de ultra-direita de Israel”. Em continuidade dessa declaração, denunciou que a perseguição começou por demanda da Confederação Israelita do Brasil (Conib) e fez questão de frisar a entidade como sendo um preposto de “Israel” no Brasil:

“A situação se torna ainda mais grave quando a perseguição é demandada pela Confederação Israelita do Brasil (Conib), que age em nome do governo de Israel em nosso país”.

Então, concluiu afirmando que o PT é contra a censura perpetrada por instituições brasileiras contra um cidadão, simplesmente por ele emitir sua opinião, aproveitando para denunciar ainda que o sionismo é responsável pelo massacre dos palestinos:

“Diante disso, o Partido dos Trabalhadores expressa sua absoluta contrariedade com a ação de instituições do Estado contra um cidadão brasileiro por emitir sua opinião.

A intolerância não é de Altman, mas da entidade que nega aos judeus o direito de não aceitar a doutrina sionista, responsável pelo massacre do povo palestino”.

A nota segue denunciando o avanço da perseguição judicial contra Altman. No último dia 26 (terça-feira), nova decisão de censura foi proferida contra o jornalista. Em razão de pedido feito pela Conib, a 2ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, ordenou que o jornalista apague cinco postagens suas na rede social X (antigo Twitter).

Segundo a decisão judicial, as postagens de Altman poderiam configurar “crime de injúria ou até eventual calúnia” contra a comunidade judaica. Uma decisão, frisa-se, absurda. Afinal, o jornalista, em nenhum momento, fez crítica ao judaísmo ou sequer aos judeus com grupo étnico-cultural. Pelo contrário, suas críticas foram inteiramente políticas e voltadas a desvelar o caráter ditatorial e fascista de “Israel’, do governo de Benjamin Netanyahu e do sionismo, ideologia política que serve de guia para o Estado de “Israel”. Criticou ainda que o sionismo impõe um regime racista e de apartheid contra os palestinos, quer vivam eles em Gaza, na Cisjordânia ou na cidade ocupada de Jerusalém.

Deve-se frisar que Altman é de origem judia e não é o único judeu que se opõe ao sionismo e a Israel. Há toda uma corrente de historiadores judeus israelenses que possuem a mesma posição política, dentre os quais, Ilan Pappé, autor da obra “A Limpeza Étnica da Palestina“.

O agravamento da censura e da perseguição ao petista resultou não apenas em uma nota oficial do PT, mas também em declaração de nomes da cúpula do partido, inclusive do o ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, Paulo Pimenta (PT), o qual disse que sua posição é a mesma da presidenta do PT, Gleisi Hoffman. A presidente, por sua vez, publicou em sua página da rede social X (antigo Twitter):

“Muito grave a perseguição ao jornalista Breno Altman por seu firme posicionamento contra o massacre do povo palestino pelo governo de ultradireita de Israel. Altman é perseguido pela Confederação Israelita do Brasil (CONIB), que age em nome daquele governo em nosso país. Com a participação de agentes do MPF e da PF, querem condená-lo por suas opiniões. Não podemos ser coniventes com essa perseguição. A intolerância não é de Altman, mas sim de uma entidade que nega aos judeus o direito de não aceitar a doutrina sionista, responsável pelo histórico massacre do povo palestino”.

Face ao seu pronunciamento, a CONIB, falsificando a realidade, publicou nota acusando Hoffman de preconceito e antissemitismo. A típica acusação utilizada pelos sionistas para descreditar e tentar impedir a defesa dos palestinos e sua luta contra a ditadura de “Israel” sobre aquele povo martirizado. Em nova declaração, deste dia 2, Gleisi rebateu as acusações da CONIB, desmascarando-a e defendendo o direito à liberdade expressão:

“Nota da Conib, acusando-me de preconceito e antissemitismo, é a prova de que esta entidade não tolera as críticas ao governo de ultradireita de Israel, venham de onde vierem. Nunca fizemos nem estimulamos declarações ou atitudes antissemitas, pois respeitamos todos os povos e religiões. Criticamos sim e continuaremos criticando o massacre do povo palestino pelo governo Netanyahu, em Gaza e na Cisjordânia, que há muito extrapolou o legítimo argumento da defesa de Israel e se transformou em operação de genocídio. Defendemos também o direito de expressão do jornalista Breno Altman, perseguido por criticar as posições da Conib. Somos da paz, do diálogo e da tolerância, mas não vamos nos calar diante das pressões indevidas desta entidade. O nome do nosso país é Brasil e aqui todos podem viver livres de preconceitos e imposições”.

Assim, a nota do PT, publicada no dia 30, foi um avanço na posição anterior do partido, que seguia inerte diante da perseguição judicial há meses se desenvolvendo contra o jornalista.

Contudo, é necessário frisar que notas e declarações em redes sociais não serão suficientes para conter a ofensiva do sionismo e os ataques aos direitos democráticos, em especial à liberdade de manifestação do pensamento, ataques estes que caminham a passos largos no Brasil.

Para conter essa ofensiva do imperialismo e do sionismo contra o povo brasileiro, é necessária uma ampla campanha política, principalmente de rua, mobilizando os trabalhadores em defesa da liberdade de imprensa, de manifestação do pensamento e de consciência, além das demais liberdades democráticas. Apesar da declaração do PT e da sua presidenta, o governo federal segue patrocinando a campanha de censura no Brasil, em especial através do apoio expresso ao Projeto de Lei nº 2.630 (PL das Fake News), lei que uma vez aprovada, produzirá exatamente o que a CONIB deseja e o partido denuncia: a inviabilidade da atividade do jornalismo independente nas redes sociais e a instituição de regime de censura ditatorial no Brasil.

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