Os policiais militares do Rio de janeiro organizaram mais uma blitz para roubar as motos da população. A maioria dos trabalhadores compra com bastante dificuldade seus veículos para irem trabalhar e passear. Se não conseguem pagar os impostos abusivos cobrados pelo Estado, entretanto, seus veículos são apreendidos pela polícia.
Na madrugada da última sexta-feira (10), 95 motos foram apreendidas em operação contra os chamados “rolezinhos” no Rio. A ação dos policiais ocorreu nos bairros Leblon, na Zona Sul; Tijuca, Irajá e Penha, na Zona Norte; Barra da Tijuca, Jacarepaguá e Recreio, na Zona Oeste; e no Centro. Além das apreensões das motos, os guardas impuseram 86 multas de trânsito.
Essa é a rotina da população pobre carioca. A polícia está armada até os dentes, com verdadeiras armas de guerra: fuzis, blindados que mais parecem tanques de guerra, atiradores de elite e homens treinados para matar. Não há nenhuma “guerra contra o tráfico” em curso, há, na verdade, uma guerra contra a população pobre, humilhada todos os dias pelas torturas sofridas pela polícia e, muitas vezes, fatalmente vitimadas. É isso que esse tipo de ação representa. Trata-se de mais uma forma de prejudicar a população em prol da PM.
A polícia é uma máquina de guerra contra o povo, uma instituição que atende somente aos interesses dos poderosos, que fazem uso da força para tentar conter a revolta crescente contra a situação de miséria em que o País se encontra. Aos oprimidos, não resta outra palavra de ordem que não o fim da polícia.