São Paulo

PM retoma chacina na Baixada Santista

Na última operação Escudo, mais de trinta pessoas foram assassinadas pela polícia na região

Entre a última sexta-feira (2) e o domingo (4) passados, a Polícia Militar de São Paulo matou sete pessoas na Baixada Santista, no litoral paulista. Essa ação criminosa, deflagrada pelo governo do Estado, seria a segunda fase da operação Escudo. Segundo os dados divulgados pela Secretaria de Segurança de São Paulo, 72 pessoas foram mortas por policiais militares em 2023, e em 2022, as ações da organização fascista causaram 34 mortes na região.

Somente na primeira fase da operação Escudo, lançada no ano passado após assassinato de um policial da Rota, em 40 dias, 28 pessoas foram assassinadas – esses são, no entanto, registros oficiais, o número tende a ser muito maior. Ainda no último domingo, dia 28, dois homens foram assassinados no Guarujá, após supostos “confrontos” com a Polícia Militar. A retomada da operação acontece pelo mesmo motivo da primeira fase, “vingança” após a morte de um dos membros da corporação fascista. 

Trata-se de uma nova chacina na região sob o comando do governador do Estado, o bolsotucano Tarcísio de Freitas (Republicanos). Antes disso, na última quarta-feira (24), três pessoas foram assassinadas em uma ação policial na Vila Nossa Senhora de Fátima, em São Vicente, que fica a menos de 50 quilômetros do Guarujá. Ou seja, de algumas semanas para cá, a polícia já matou 12 pessoas na região.

Nesse caso da nova operação, o “gatilho” foi a morte do soldado Marcelo Augusto da Silva, em Cubatão. O caso teria ocorrido no dia 26 de janeiro, por volta das 2h37, no km 63 da rodovia, na pista sentido São Paulo. A morte do policial da Rota, Samuel Wesley Cosmo, na última sexta-feira (2), intensificou as ações policiais na região.

Durante o fim de semana, houve três assassinatos na Vila dos Criadores e um no bairro São Jorge, em Santos. Uma pessoa também morreu no Jóquei Clube, em São Vicente, e uma no bairro Bom Retiro, também em Santos. Cinco pessoas foram presas. O último que foi assassinado estava em um carro de aplicativo. O motorista parou o veículo sob o pedido dos policiais e o carro foi alvejado, matando o suspeito, que seria o passageiro.

Há toda uma discussão na imprensa em relação ao uso de câmeras pelos policiais que estão participando da operação. No entanto, é preciso deixar claro que esse equipamentos não modificam em nada o caráter criminoso e assassino da instituição. Além do mais quem controla essas filmagens e câmeras são os próprios policiais, usando ou não usando a ferramenta na última chacina eles mataram indiscriminadamente.

As acusações de troca de tiro, entre outras desculpas utilizadas pela PM para cometer os crimes contra a população pobre nas periferias do País, fica a cargo dos próprios policiais. Há muitas denúncias de que pessoas assassinadas pelos militares são, na maioria das vezes, rendidos e desarmados. Muitas vezes, são, inclusive, torturados, como foi revelado por este Diário no caso da chacina do Guarujá em 2023. É preciso colocar um fim nessa máquina de guerra da burguesia contra a população.

Gostou do artigo? Faça uma doação!

Rolar para cima

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Quero saber mais antes de contribuir

 

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.