Na última segunda-feira (25), dois homens não identificados foram mortos, por agentes da Força Tática do 4° Batalhão de Polícia Militar atuavam pela Operação Verão no Guarujá. Com essas mortes sobe para 53 o número de vítimas da referida operação na Baixada Santista. Essa é a operação mais letal da história da polícia Militar do Estado de São Paulo, excetuando o massacre do Carandiru.
Segundo a Secretária de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) os policiais adentram no bairro Balneário Guarujá, em Guarujá, quanto foram recebidos a tiros, os agentes então revidaram matando os dois suspeitos. Essa mesma justificativa é sistematicamente apresentada pela SSP para cada nova morte realizada pela polícia.
Contudo, há diversas denúncias por violações flagrantes e gravíssimas violações aos direitos humanos praticadas sistematicamente pela polícia, com o aval de todo o aparato estatal. Um relatório da Ouvidoria da Polícia entregou um relatório ao Ministério Publico que denuncia a matança realizada pela Polícia e denuncia casos de abuso de autoridade, tortura, execuções sumarias, fraudes, obstrução da Justiça, violação de direitos humanos praticados pelo braço armado do Estado.
Os relatos são abundantes, o próprio jornal O Globo, insuspeito de qualquer simpatia pelos pobres, oprimidos ou pelos direitos democráticos das massas, publicou a denúncia de execução do jovem Matheus Souza Santos, de 21 anos, morto pela Polícia Militar de São Paulo na madrugada da última sexta-feira (22). Segundo testemunha afirmou ao jornal, o jovem não estava armado e teria gritado “não sou da boca” antes de ser morto pela polícia que chegou atirando.
Uma testemunha ocular relatou a família o ocorrido. Um membro da família afirmou que, segundo contou a testemunha, os policiais teria dado 7 tiros de fuzil em Matheus e não teriam nem mesmo acionado o Serviço de Móvel de Urgência (SAMU). A morte ocorreu em Santos, no bairro de Sabó.
Segundo a SSP, o ocorrido se deu igualmente a todas as outras mortes: “entrarem em confronto com policiais militares” sendo baleados com o revide:
Os agentes foram ao local verificar uma denúncia de tráfico de drogas quando viram três indivíduos, dois deles armados. Ao perceber a aproximação dos policiais, um dos suspeitos apontou a arma para os PMs, que intervieram. Um homem foi baleado e seus comparsas conseguiram fugir
Bem diferente do que afirmou a testemunha ocular do caso. A operação, desde seu início, prendeu ainda 1010 pessoas em circunstâncias ainda mais obscuras. Torna-se evidente que se trata de uma operação criminosa contra a população em geral, um atentado contra os direitos humanos.
É preciso parar imediatamente o banho de sangue da polícia Militar e do governador bolsonarista-sionista Tarcísio, que quer fazer aqui com os negros e pobres o que Netaniahu faz com os palestinos na Faixa de Gaza. Não à toa esteve já para ver de perto.
Também é preciso constituir uma comissão independente para averiguar cada uma das mortes e cada uma das prisões. Se houvesse uma Ministério dos Direitos Humanos no país essa teria de ser sua tarefa primordial, mas como não existe de fato é a mobilização da população que deve exigir o fim dos massacres e uma comissão de averiguação independente.