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Ric Jones

Médico homeopata e obstetra. Escritor, palestrante da temática da Humanização do Nascimento no Brasil e no exterior.

O plágio e a Palestina

Plágio

Por trás da acusação está a perseguição aos apoiadores da Palestina

A presidente de Harvard, Claudine Gay, foi acusada de “plágio” em sua produção científica, sendo levada a renunciar sua posição na instituição. Primeira mulher negra a assumir a presidência da Universidade mais prestigiosa do mundo, sua retirada ocorreu logo após ter abraçado a defesa da Palestina contra os ataques genocidas de Israel na Faixa de Gaza. É claro que o fato de ser uma mulher que ousou apoiar a Palestina não influenciou na investigação que foi feita contra ela. Imagina…

Por outro lado, se você quiser ferrar com alguém do mundo acadêmico, basta investigar sua produção científica. Eu garanto: é impossível não que não encontrem arestas deste tipo na história e na produção pessoal de qualquer um. Acusações de plágio são muito comuns no meio acadêmico, e são coisas fáceis de usar contra desafetos. Nós vimos este tipo de ataque sendo feito há alguns anos aqui mesmo no Brasil em relação ao ex-juiz Moro e sua tese de doutoramento, e até mesmo com o Alexandre de Moraes. Isso porque, se você analisar trabalhos acadêmicos (teses e dissertações) com uma lupa, analisando todos os detalhes e as “letras miúdas” em meio a centenas ou milhares de páginas, poderá encontrar uma falha – intencional ou não – sobre a citação adequada de um autor ou a falta dela nos créditos. Mesmo no Facebook, quem pode garantir que nunca escreveu algo que já havia sido escrito, quase da mesma forma, por outra pessoa?

Assim, com este tipo de acusação sendo utilizada ao sabor dos ventos, qualquer um pode ser vítima de vinganças e ataques violentos. Esses trabalhos são o calcanhar de Aquiles de muita gente no mundo universitário. Como dizia Napoleão Bonaparte, “São tantas as leis que nenhum cidadão está livre de ser enforcado”. Ou seja, são tantas as fissuras inevitáveis na criação do pensamento e da escrita que ninguém pode estar seguro de que não será atacado por alguma falha, dependendo dos interesses que existam para destruir a carreira de um pensador inconveniente. O plágio de Claudine Gay muito provavelmente é o apartamento triplex de Lula no Guarujá; da mesma forma, é possível que em alguns anos ela seja inocentada, mas aí o estrago já terá sido feito.

Moro e Alexandre jamais tiveram suas carreiras prejudicadas pelas acusações que surgiram contra seus trabalhos acadêmicos, exatamente porque serviam – com louvor – ao sistema. Por um minuto apenas, pensem como seria tratado um petista com estas mesmas acusações. Já a presidente de Harvard foi defenestrada porque passou a ser vista como alguém que atrapalhava a tirania sionista da sociedade americana. O que causa escândalo (mas não surpresa) é ver que o mito da “liberdade de expressão” tão celebrada pelos americanos e seus admiradores, está ruindo aos olhos de todos, mostrando que a democracia liberal americana é uma farsa sustentada apenas por propaganda e força bruta. Ou seja: qualquer um que ouse chamar os Estados Unidos de uma democracia onde imperam a liberdade de expressão e o estado democrático de direito está condenado ao ridículo e à humilhação pública.

A direita e a “esquerda” americanas agora se debatem sobre o fato e trocam acusações sobre as “reais razões” para a demissão de Claudine Gay. De um lado, os conservadores celebram sua demissão por ser uma mulher representativa da “teoria racial crítica” e, do outro, os identitários acusam a manobra como sendo racista, já que Claudine foi a primeira mulher negra a presidir a mais rica universidade americana. Por trás desse debate, os sionistas – que estão presentes tanto entre os liberais quanto entre os trumpistas – estão dando gargalhadas e comemorando o combate, porque esta é uma vitória do poder econômico para silenciar qualquer crítica ao estado terrorista de Israel.

* A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião deste Diário

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