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Irã

Operação Promessa Cumprida foi um sucesso

Até mesmo o Le Figaro, jornal imperialista sionista, reconhece o sucesso da ação iraniana, admitindo que foi um sucesso estratégico em todos os níveis

Mal se passaram três dias após a Operação Promessa Cumprida, e órgãos da imprensa imperialista começam a admitir que a ação militar realizada pelo Irã no último sábado (13) foi bem sucedida, expondo a força militar do país e a debilidade de “Israel”.

Em matéria publicada no jornal Le Figaro (um jornal da imprensa imperialista francesa, defensor do sionismo), o autor Sébastien Boussois faz inúmeras críticas à forma como outros órgãos da imprensa imperialista estão minimizando a ação militar iraniana, tentando fazer parecer como algo que fracassou. 

Dentre as críticas, é apontado o fato de que “Israel” precisou da ajuda dos Estados Unidos, da Inglaterra, da França, da Jordânia e da Arábia Saudita (neste último caso, com inteligência) para conseguir abater parte dos VANTs (veículos aéreos não tripulados) e mísseis iranianos. O próprio fato de que essa ajuda foi necessária serve para demonstrar que a ação militar do Irã não foi um fracasso.

Mas, demonstrando que foi um sucesso, ressalta-se que, mesmo com vários países imperialistas e países árabes traidores auxiliando “Israel”, mísseis iranianos romperam a defesa aérea israelense (o Domo de Ferro), atingindo os alvos militares visados pelo Irã.

E quais alvos foram estes? As bases aéreas de Nevatim e Ramon, no deserto de Negueve, e o centro de inteligência das forças israelenses de ocupação, localizado no Monte Hermon, nas Colinas de Golã. 

Tais alvos foram utilizados para o ataque de “Israel” contra o Consulado Iraniano em Damasco, Síria, realizado em 1º de abril. Segundo a agência de notícias iraniana Tasnim, a tática utilizada para que os mísseis atingissem os alvos foi saturar (sobrecarregar) o Domo de Ferro e o Estilingue de David (outra defesa aérea de “Israel”) com uma primeira centena de VANTs suicidas do modelo Shahed 136.

Os mísseis que atingiram os alvos fizeram parte da segunda onda do ataque. E, segundo revelado pela agência de notícia iraniana IRNA, metade dos mísseis lançados pelo Irã no sábado atingiram seus respectivos alvos. Especificamente, uma das bases aéreas no Negueve foi atingida por mísseis Khaibar.

Até mesmo as forças israelenses de ocupação foram obrigadas a admitir que sua defesa aérea foi rompida. Daniel Hagari, porta-voz do exército sionista, declarou que “alguns danos foram registrados, inclusive em uma base militar no sul do país”. 

Nesse sentido, vários órgãos de imprensa sionistas também tiveram de reconhecer o sucesso da Operação Promessa Cumprida.

O jornal israelense Israel Hayom, por exemplo, constatou a perda de dissuasão estratégia por parte dos Estados Unidos e de “Israel” contra o Irã. Conforme relatório publicado no periódico, a ação militar do Irã  “é um lembrete claro da perda de dissuasão estratégica para Israel e os Estados Unidos” e “criou uma oportunidade para mudar a situação geopolítica no Oriente Médio”, acrescentando que “o Irã colocou-se em confronto direto com Israel”, deixando claro que este não é o momento ideal para o Estado sionista entrar em confronto direto com o Estado persa. Ainda, frisou que o Irã atacou “Israel” ignorando completamente avisos dos EUA para que não realizasse o ataque. Uma demonstração da fraqueza da ditadura do imperialismo na região, e do sucesso da ação iraniana.

No mesmo sentido foi matéria publicada no portal sionista Yedioth Ahronoth (Ynet News), segundo a qual a ação iraniana foi uma derrota estratégica para “Israel”, que ficou “escravizado durante duas semanas, como resultado de uma tensão paralisante, depois de ter executado o assassinato [do general iraniano]”. Uma demonstração não só de que “Israel” não é mais um poder de dissuasão, mas de que o Irã tornou-se um.

Segundo o jornal israelense, as autoridades do país “esqueceram que Israel já não aparece como uma ameaça, que tem um governo indigno de confiança e que o seu exército cometeu erros mais de uma vez e não sabe como recuperar disso”.

Conforme noticiou a emissora libanesa Al Mayadeen, o think tank sionista Instituto Israelense de Estudos de Segurança Nacional também destacou o fim da capacidade de dissuasão dos EUA e “Israel” no Oriente Médio: “‘Israel’ e os Estados Unidos não conseguiram dissuadir o Irã de atacar”, acrescentando ainda que “os iranianos foram capazes de prejudicar ‘Israel’, sem forçar Washington a responder em cooperação com Telavive”.

Este último ponto é mais um atestado do quão bem sucedida foi a ação militar do Irã no sábado. 

Afinal, quando “Israel” assassinou o general iraniano em 1º de abril, tinha a intenção de forçar o Irã a agir de forma desmedida, para forçar os EUA a se envolverem integralmente na guerra. Mas isto não aconteceu. A Operação Promessa Cumprida foi feita na medida exata para atingir objetivos militares, desmoralizar “Israel” e impossibilitar a entrada dos EUA na guerra.

Nesse sentido, destaca-se que a ação militar iraniana foi realizada de acordo com o direito internacional. Segundo informa a emissora Press TV, o ataque realizado por “Israel” contra o Consulado Iraniano violou o art. 2º, nº 4 da Carta das Nações Unidas sobre o uso da força nas relações internacionais. Nesse artigo, está o princípio da proibição do uso da força. Como “Israel” o violou, o Irã exerceu sua resposta com base no art. 51, que prevê o direito inerente à autodefesa.

Em face disto, a coligação de partidos nacionalistas e de esquerda na Jordânia declarou apoio ao Irã, afirmando que a ação foi legítima. Desta feita, condenou “Israel”, o genocídio que comete contra o povo palestino e ainda, em sua declaração, renovou suas demandas para que a OTAN feche todas suas bases militares que existem atualmente na Jordânia.

Por tais razões é que matéria foi publicada no Le Figaro, criticando a ideia de que a ação militar do Irã não teria sido bem sucedida. Boussois, o citado colunista do jornal francês, também destaca que o Exército Iraniano é um dos mais poderosos da região, tanto em termos de poderio humano, quanto de arsenal. Conta com 350 mil soldados na ativa, e o mesmo número de reservistas, devendo-se considerar ainda que o Irã é uma potência nuclear.

Segundo Boussois, desde que o Irã vem sendo acusado de interferir no Oriente Médio, em especial nessa mais recente guerra entre “Israel” e Palestina, em nenhum momento o país persa demonstrou fraqueza e impulsividade, de forma que a recente operação militar foi um sucesso estratégico em todos os níveis, conforme noticiou a Al Mayadeen.

Para piorar a situação da ditadura imperialista no Oriente Médio, ou melhor, em todo o mundo, o Irã está fortalecendo sua aliança militar com a Rússia, país oprimido que vem derrotando militarmente o imperialismo na Ucrânia.

Conforme noticiou a Al Mayadeen, “em março uma delegação de 17 iranianos foi convidada para visitar várias instalações da indústria militar russa, inclusive uma instalação que produz sistemas de defesa aérea avançados”. E isto está gerando preocupação no imperialismo, especialmente o norte-americano, segundo o jornal Washington Post. Segundo agentes da inteligência norte-americana, europeia e de países do Oriente Médio, que teriam sido ouvidos pelo Post, a Rússia e o Irã estariam firmando acordos militares que “fazem parte de uma colaboração maior, que envolve a produção conjunta de VANTs militares dentro da Rússia, a partilha de tecnologia anti-bloqueio e avaliações em tempo real de armas no campo de batalha utilizadas contra forças equipadas pela OTAN na Ucrânia”.

Ainda sobre o fortalecimento das relações entre Irã e Rússia, a emissora Press TV noticia que Vladimir Putin, presidente da Federação Russa, teria dito o seguinte a Ebrahim Raeisi, presidente iraniano, em uma ligação telefônica:

“O que a República Islâmica do Irã fez em resposta ao que aconteceu criminalmente e à luz da inação do Conselho de Segurança [da ONU], foi a melhor forma de punir o agressor e representou o tato e a racionalidade dos políticos do Irã.”

Vale lembrar que logo na manhã de domingo (14), o Chefe do Estado-Maior da Guarda Revolucionária do Irã, major-general Mohammad Hossein Baqeri, declarou que “embora o Irã não tenha intenção de continuar a operação, o regime sionista deve ter em mente que qualquer ação contra o Irã, seja em solo iraniano ou contra centros pertencentes ao Irã na Síria ou em qualquer outro país, desencadeará uma nova e mais imensa operação”, acrescentando que o país persa é capaz de realizar um ataque “dezenas de vezes” maior, que poderá inclusive ser feito contra bases dos EUA na região.

Por fim, conforme já noticiado por este Diário, “Israel” e o imperialismo gastaram mais de 1 bilhão de dólares para tentar conter a ação iraniana. Não conseguiram. Este foi apenas o valor gasto contra uma ação controlada e comedida por parte do Irã, de forma que uma guerra contra o país persa seria insustentável para o imperialismo, quanto mais para “Israel”.

Assim, entre admissões da imprensa imperialista, de órgãos da imprensa sionista, o fortalecimento das relações políticas e militares entre Irã e Rússia, dois dos principais inimigos do imperialismo, e o fato de que “Israel” e o imperialismo não têm como sustentar economicamente uma guerra contra o Irã; fica claro que a Operação Promessa Cumprida foi bem sucedida.

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