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HISTÓRIA DA PALESTINA

O exército do Hesbolá, que ‘Israel’ não ousa enfrentar

Um exército que está sendo fundamental em auxiliar a resistência palestinas em destruir de uma vez por todas o Estado de “Israel” e o sionismo

Em 7 de outubro de 2023, o Hamas, liderando várias organizações armadas da resistência palestina, desatou a Operação Dilúvio de al-Aqsa, uma das maiores derrotas da história do Estado de “Israel”.

Desde então, os sionistas vêm retaliando com um genocídio, assassinando mais de 30 mil, na tentativa de dobrar a resistência. Contudo, sem sucesso. Para além do espírito aguerrido e inquebrantável dos palestinos, eles não estão sozinhos na luta contra o sionismo.

Na fronteira norte de “Israel”, estão recebendo valorosa assistência militar do partido político Libanês Hesbolá, o mais popular do Líbano, cujas ações revolucionárias já resultaram no deslocamento de cerca de 100 mil israelenses, que estavam ocupando território roubado ilegalmente dos palestinos, por “Israel”.

E este feito, que está aprofundando a crise entre o governo Netaniahu e a sociedade israelense, é realizado sem que o Hesbolá trave uma guerra aberta com “Israel”.

Para saber como isto é possível, é importante entender a respeito da ala militar do Partido de Alá, que o mostra como um verdadeiro Estado dentro do Estado Libanês, revelando uma dualidade de poder revolucionária no Líbano, em oposição à ditadura de “Israel”.

Embora o Hesbolá tenha se desenvolvido entre os anos de 1982 e 1985 em meio à luta armada do povo libanês contra o imperialismo, “Israel” e as milícias fascistas dos cristãos maronitas, foi em julho de 1995, durante seu Quarto Conclave, que a organização militar do partido foi elevada a um novo patamar, dada a necessidade de fazer avançar a luta contra o sionismo, para expulsar as tropas de “Israel” do sul do Líbano, de uma vez por todas.

O órgão máximo, no topo da hierarquia do aparato militar do Hesbolá, respondendo apenas ao Conselho Shura (órgão supremo do partido), é o Conselho da Jiade.

Presidido por Hassan Nasseralá, que igualmente preside o Conselho Shura, sendo o líder do Hesbolá, o Conselho da Jiade é tanto um órgão de natureza militar quanto política. Sendo assim, embora não esteja encarregado das ações militares práticas, é responsável por supervisionar as mesmas, de forma que o Conselho também tem um chefe militar liderando os quadros militares do Hesbolá.

Até o ano de 2008, quando de seu assassinato por operação conjunta da CIA e do Mossad, quem exercia esse papel era Imad Mughnié, um dos líderes políticos e militares mais capazes da história da resistência contra “Israel” e o imperialismo no Oriente Médio, líder que esteve no comando de várias operações que resultaram em inúmeras baixas nas fileiras dos opressores dos povos palestinos, libaneses, árabes e muçulmanos em geral. Releia matéria que este Diário já publicou sobre essa liderança do Hesbolá:

Imad Mughniyeh: organizador da Força Raduan, terror do sionismo

Encarregado das ações militares práticas do Hesbolá está a Resistência Islâmica, que é composta pelas seguintes Unidades:

Nasr – conforma a principal linha de defesa do partido contra os invasores sionistas. Seu comandante, cujo título honorífico é al-Hajj, responde diretamente ao líder do partido, Nasseralá. Desde que o Hesbolá expulsou as forças de ocupação do sul do Líbano, essa unidade vem atuando principalmente através de ataques na região norte de “Israel”, o que pode ser visto atualmente com o apoio que o partido dá ao Hamas e à resistência palestina.

Badr – sua principal função é realizar ataques de mísseis contra posições israelenses, mas prestando reforço às tropas da Unidade Nasr.

Al Jalil – a unidade tem por objetivo incursões na região da Alta Galiléia, no Estado de “Israel”. Para isto, conforme destacado no portal do Hesbolá, seus combatentes receberam treinamento intensivo nas mãos dos especialistas do IRGC nas áreas de guerra de guerrilha, infiltração e combate corpo a corpo em seus quartéis militares no Irã. IRGC é a Guarda Revolucionária do Irã, e o supervisor dos treinamentos citados acima foi ninguém menos que Qasem Soleimaini.

Aziz – combatentes dessa unidade lutaram ao lado do governo de Bashar al-Assad na Guerra Civil da Síria, contra os ataques do imperialismo, de “Israel” e seus prepostos contra o governo nacionalista do país. Foi eventualmente substituída pela Unidade al-Qaem

Raduan – São as forças especiais do Hesbolá, temida pelo sionismo. Seu nome é uma homenagem ao nome de guerra de Imad Mughniyeh, al-Hajj Raduan. Releia matéria que este Diário já publico sobre a força:

A derrota acachapante que o Hesbolá pode impor a ‘Israel’

Unidade de Guerra Anfíbia – conforme o portal do partido, essa unidade “opera sob o comando de defesa costeira” sendo que seu “treinamento inclui desembarques na praia e habilidades de demolição subaquática”

Brigadas de Resistência Libanesa – esse grupo armado foi criado pelo Hesbolá no ano de 1997 e representou um crescimento desse partido revolucionário como principal representante da luta abnegada contra “Israel”, justamente esse Estado que massacrou o povo libanês durante décadas. Nesse sentido, tendo em vista que os quadros principais do Hesbolá são formados por militantes xiitas, tendo em vista a ideologia islâmica xiita do partido, as Brigadas de Resistência Libanesa incluem “sunitas, drusos, cristãos e xiitas não ideológicos que partilhavam o desejo do Hesbolá de combater os israelitas e a sua ocupação do sul do Líbano. 

Vê-se, então, que o Hesbolá, ao lutar durante décadas contra a repressão que o imperialismo e “Israel” desataram contra o Líbano, com a finalidade de destruir a resistência palestina (à época liderada pela OLP e o Fatá), teve de se constituir em uma grande força militar.

E, atualmente, essa força militar está sendo fundamental em auxiliar a resistência palestina em destruir de uma vez por toda o Estado de “Israel” e o sionismo. Como exemplo de sua atuação revolucionária, vale citar os últimos feitos do Hesbolá contra “Israel”, nos últimos dois dias, conforme informações compiladas pelo portal de notícias Press TV:

Setor Oriental:

Por volta das 15h20, hora local, o local de Al-Za’oura foi alvo de mísseis.

Por volta das 17h30, hora local, o quartel Zibdin em Shebaa foi alvo de mísseis.

Por volta das 13h07, hora local, soldados israelenses no assentamento Ma’yan Baruch foram alvo de drones.

Por volta das 13h55, horário local, soldados israelenses nas proximidades do Quartel Ramim foram alvo de mísseis.

Por volta das 13h55, horário local, o local de Al-Baghdadi foi alvo de mísseis.

Por volta das 14h00, hora local, as forças israelenses foram alvo de mísseis nas proximidades do local de Al-Manara.

Por volta das 18h20, horário local, o local de Ruaisat Al-Alam em Kafr Shuba foi alvo de mísseis.

Setor ocidental:

Por volta das 05h40, horário local, a base de comando de Liman foi alvo de drones.

Por volta das 10h10, horário local, soldados israelenses no local de Jal al-Alam foram alvo de mísseis.

Por volta das 16h40, horário local, o local de Rahib foi alvo de mísseis.

Por volta das 19h00, hora local, o local de Hadab Yarin foi alvo de dois mísseis Burkan.

Por volta das 00h00, hora local, abateram um drone israelense em Uadi Al-Uzzia.

Por volta das 21h20, horário local, a base Khirbet Maar foi alvo de dois mísseis Falaq.

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