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Dividendos do petróleo

O erro de Lula na Petrobrás foi que interveio de menos

Para porta-voz da família Marinho mudança na política de distribuição de dividendos da Petrobras seria "Interferência indevida"

Na última terça-feira (12), em sua coluna no jornal golpista O Globo, Merval Pereira resolveu sair em defesa dos “pobres” acionistas da Petrobrás que terão menos dividendos para receber em virtude uma intervenção direta do presidente Lula. Na matéria intitulada “Interferência indevida”, não faltaram ataques contra o governo petista, os quais são parte da campanha que se intensifica à medida que a situação vai para um esgotamento e obriga Lula a dar uma reposta mais contundente em defesa dos interesses do povo brasileiro. 

O porta-voz da burguesia imperialista se refere à mudança na política de distribuição de dividendos da Petrobrás como uma reação do presidente Lula em virtude de sua queda de popularidade e demonstra um contentamento ao dizer que “Admitir que está longe de atingir o que prometeu durante a campanha eleitoral é saudável”. Buscando rebaixar a medida tomada pelo presidente Lula, o marginal político travestido de jornalista declara que a medida teria um viés “populista” e que poderia conduzir a um desastre. 

Dizer que a estatal deveria pensar antes no povo do que nos acionistas é o tipo de frase que define bem o que pensa do capitalismo nosso presidente”, afirmou o colunista do O Globo. O mercado – entenda-se banqueiros – seria um marcador da democracia, ou melhor dizendo, um instrumento para ela. Desta forma, reduzir o preço dos combustíveis para o consumidor “à custa do prejuízo da Petrobras” seria errado, bem como, ter abandonado a precificação internacional já que a Petrobrás possui acionistas estrangeiros. Portanto, A queda no valor das ações da Petrobras depois da decisão de não distribuir a integralidade dos dividendos aos acionistas” seria a resposta da opinião pública. 

Primeiro, deve-se esclarecer que a queda no valor das ações da Petrobrás não passa de uma chantagem dos grandes capitalistas contra o governo. Assim como antes do Lula tomar posse da presidência da República, quando manipularam a economia de forma a aumentar o preço do dólar e derrubar a Bolsa de Valores, isso nada tem a ver com a opinião das pessoas. Na verdade, os banqueiros estão buscando pressionar o governo para atender os seus interesses. 

É preciso dizer que não há nada de democrático em fazer a população pagar mais caro no combustível para garantir maiores lucros aos acionistas e principalmente para os estrangeiros. E não é somente isso, uma série de outros produtos como os alimentos também teriam o preço aumentado como consequência. Por que o povo brasileiro deveria aceitar esse ataque às suas condições materiais de vida, sendo o governo o maior acionista da Petrobrás? Lula, ao enfrentar os acionistas da Petrobrás, está seguindo as reivindicações da classe operária.

Diante de medidas verdadeiramente “populistas” no sentido pejorativo da palavra, como o pacote bilionário de Bolsonaro para compra de votos na última eleição presidencial, Merval Pereira nunca fez uma denúncia sequer. Neste sentido, Lula poderia ser ainda mais “populista”, deveria acabar com a distribuição de dividendos, aproveitar a queda das ações e tornar a Petrobrás uma empresa 100% pública. O governo deveria levar essa política às últimas consequências e acelerar esse “desastre”, não para Lula, não para o povo brasileiro, mas para os capitalistas. É isso que temem. A Petrobrás precisa estar a serviço do desenvolvimento do país: industrialização, geração de emprego e superação da fome.  

As provocações do colunista do jornal da família Marinho refletem os erros da política econômica de Fernando Haddad, a qual muitas vezes foi elogiada pela imprensa golpista e por políticos da direita. Diante de um salário-mínimo de fome, da cobrança de Imposto de Renda incidindo sobre rendimentos médios a partir de dois salários e de uma reforma tributária que recebeu elogio até mesmo de bolsonaristas não há popularidade que aguente. 

Mas o ataque do jornal O Globo se dá justamente em virtude do acerto de Lula, uma política que se levada ao cabo reuniria um apoio extraordinário da população para derrotar o bolsonarismo e toda a direita. Ainda que seja uma medida bastante limitada e que não resolva por completo os problemas do Brasil, deve-se reconhecer posições corretas do governo. Esse ataque da burguesia é parte da companha contra o desenvolvimento do país e pelo controle sobre o presidente Lula. 

O jornal golpista ainda faz referência ao cerco que se fecha contra Lula no Congresso, o presidente do Senado Rodrigo Pacheco teria dado um recado para que o presidente seja mais cuidadoso. O presidente petista tem sofrido também com as chantagens de Arthur Lira, presidente da Câmara, que vem abocanhando ministérios e empresas importantes do governo. 

Essa situação demonstra que Lula precisa radicalizar, a única forma de enfrentar os golpistas é convocar a população a defender, não somente, a estatização completa da Petrobrás como revogar todas as privatizações realizadas nos governos golpistas de Fernando Henrique Cardoso, Michel Temer e Jair Bolsonaro. É preciso revogar as reformas das leis trabalhistas e previdência social, bem como, como todas as medidas de ataque às condições de vida da população. 

Não há saída para Lula que não seja abandonar essa a política de conciliação com a classe dominante para defender as pautas de interesse popular como salário, emprego, moradia e terra. É preciso um governo dos trabalhadores da cidade e do campo.

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