A operação realizada pelo Hamas no dia 7 de outubro foi responsável por desencadear uma onda de mobilização mundial contra o Estado sionista de “Israel”. Em todo oriente-médio mobilizações explodiram denunciando o massacre promovido contra a população palestina e rapidamente o mundo todo passou a ter diversas mobilizações, sobretudo na Europa e Estados Unidos.
Com a mobilização atingindo o centro dos principais países imperialistas do mundo a propaganda imperialista e sionista tratou de levantar uma campanha de que ser contra o Estado sionista de “Israel” é o mesmo que ser “antissemita”.
A propaganda visa comparar a luta contra a política nazista dos sionistas com o nazismo alemão que perseguiu os judeus, ou por exemplo a política deliberadamente antissemita que existiu no passado na Europa, sobretudo nos países mais ou leste. Neste sentido, os nazistas defensores de “Israel” passaram a acusar a esquerda e a mobilização popular de ser “antissemita”.
Tal problema foi retratado na matéria publicada pela Folha de S.Paulo neste dia 6, intitulada “Parte da esquerda despreza antissemitismo, dizem autores”. Segundo a matéria “pesquisadores afirmam que estigma do judeu dominacionista, que contagia extrema direita, também influencia progressistas”.
A “guerra entre Israel e Hamas reacende o debate de que o antissemitismo é normalizado não apenas por grupos de inspiração nazista como também por muitos da esquerda, historicamente ligada a populações oprimidas. Segundo pesquisadores, alas progressistas se deixam levar por estereótipos e desprezam manifestações de preconceito contra judeus.”
O jornal ainda vai atrás de uma pesquisadora judia para afirmar que “no Reino Unido, o antissemitismo é muito forte. Mas, se você tenta levantar esse ponto, alguém grita sobre Gaza. ‘Como ousa? Tem gente morrendo em Gaza’.”
A campanha realizada pela Folha busca criar uma realidade que não existe. O tal do antissemitismo é irrisório nos dias atuais, mesmo diante de toda a impopularidade que o Estado sionista de “Israel” possuí em todo o mundo.
Como não bastasse, o jornal ainda busca suavizar o genocídio contra os palestinos e ainda afirma que “alas progressistas, porém, também se deixam levar pelo estereótipo do judeu dominacionista, algo que a causa palestina, com tradicional adesão desse campo, pode ajudar a normalizar. Uma acusação recorrente é que “Israel” —e, por associação, qualquer um com raízes judaicas— comete contra Gaza um genocídio similar ao que dizimou milhões de judeus no século 20.”
Para corroborar a falsificação da realidade a Folha afirma que “não será preciso se aprofundar nesse mérito, até porque, como afirma o historiador, o direito internacional tem um padrão elevado para diferenciar intenções genocidas das militares, que podem produzir abominações humanitárias sem ter por premissa matar um indivíduo unicamente por ele ser palestino.”
Na prática, o real causador do antissemitismo existente nos dias atuais é “Israel”. Este, fundado e financiado por aqueles que no passado eram os defensores da política antissemita na Europa, se colocam como o “lar dos judeus” e praticam a mesma política que os nazistas fizeram no passado, agora contra os palestinos.
A desmoralização internacional do sionismo é enorme. A própria matéria da Folha deixa transparecer este problema. Em todos os lugares do mundo onde aparece algo minimamente antissemita se deve ao fato do judeu ser ligado ao Estado de “Israel” e ao sionismo, graças a política verdadeiramente nazista contra os palestinos. Como mesmo afirmaram em diversas oportunidades os judeus ortodoxos, os verdadeiros responsáveis pelo antissemitismo dos dias atuais é “Israel”.
“O sionismo é o novo nazismo, esta é a verdadeira definição do sionismo, o sionismo nunca é judaísmo. Os sionistas definitivamente não são judeus. Os sionistas inventaram uma nova religião chamada sionismo para assumir o controle e destruir o judaísmo. Mais tarde, distorceram a religião judaica, confiscaram tudo o que era sagrado sobre o judaísmo e chamaram isso de sionismo. Os sionistas são inimigos de Deus, da Torá e do judaísmo” declarou o grupo judeu ortodoxo Torah Judaism, explicitando o problema.
Tal fato revela que a campanha promovida pelos sionistas de que a luta contra “Israel” é antissemita serve apenas para esconder a verdadeira política nazista praticada contra os palestinos, algo que trás danos até mesmo a própria religião judaica a nível internacional.