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Pernambuco

‘Nós temos direito à terra porque a terra é para quem nela vive e nela produz’

Trabalhadores de usina desativada há anos estão hoje sob a ameaça dos capangas do latifúndio

No dia 28 de setembro, camponeses posseiros do Barro Branco, localizado no município de Jaqueira (PE), foram surpreendidos por mais de 50 pistoleiros que tentaram invadir suas terras. Os posseiros resistiram e conseguiram, com suas próprias forças, impedir a ofensiva. Três pessoas acabaram sendo baleadas pelos capangas do latifúndio.

Logo após o acontecimento, correspondentes do Diário Causa Operária conversaram com alguns dos posseiros, que forneceram vários detalhes sobre o regime de terror no campo, imposto pelos pistoleiros com a conivência e, muitas vezes, com a participação do aparato repressivo do Estado.

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Neste artigo, trazemos o relato de uma camponês posseiro que trabalhava na Usina Frei Caneca, empresa que era dona das terras do Engenho Barro Branco, mas faliu e não cumpriu com uma única obrigação trabalhista. A empresa, inclusive, era conhecida por usar mão-de-obra escrava.

O camponês relatou que trabalhou durante vários anos na usina e que, quando ela decidiu fechar as suas instalações, ficou completamente desamparado.

“Muitos aqui são netos de pessoas que trabalhavam na usina e que ainda permanecem na terra.”

São muitos os casos em que uma usina entra e falência e, diante de suas dívidas trabalhistas, loteia o terreno que ocupava entre os trabalhadores. Nada disso aconteceu.

Agora, no entanto, o filho do dono da usina, que assumiu os negócios do pai, resolveu arrendá-la para a empresa Mata Sul. A empresa, por sua vez, é quem está levando adiante uma ofensiva para expulsar os camponeses de suas terras.

“Nós temos direito à terra porque a terra é para quem nela vive e nela produz. Não queremos nada mais, esse povo só que viver de maneira digna e sossegada.

Segundo o camponês, em reuniões recentes com autoridades, a ideia do direito à terra foi reforçada;

“A terra é para quem nela vive, nela tira o sustento, e leva o sustento para a cidade. Foram essas as palavras que eles mesmos disseram. A prefeita colocou, o pessoal do governo, dos direitos humanos, todos colocam isso aí: levar o sustento pra população.”

Apesar da palavra de tais autoridades, a população de Barro Branco não se sente segura. Afinal, no dia 28 de setembro, a Polícia Militar, que é comandada pelo governo estadual, foi, no mínimo, omissa.

“Na prática, a gente sabe que, às vezes, numa conversa, eles dizem uma coisa, mas depois a gente se sente meio excluído, sem aparato, abafado, parado, sem abertura por cima. Por isso que a gente precisa de apoio.”

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