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Genocídio na Palestina

Um massacre sem precedentes nos anais dos crimes de guerra

Após abrir fogo contra os palestinos, tanques israelenses atropelaram os corpos dos feridos e mortos

Em demonstração de que o genocídio que “Israel” perpetra contra o povo palestino é sim comparável com o que Adolf Hitler fez na Segunda Guerra Mundial, contra os judeus, nessa quinta-feira (29), as forças israelenses de ocupação cometeram mais um crime monstruoso contra os palestinos: abriram fogo contra pessoas que aguardavam para receber ajuda humanitária, mais especificamente, comida.

O ataque se deu na Cidade de Gaza, na região norte da Faixa, o que serve para demonstrar que o que os sionistas querem não é apenas derrotar militarmente a resistência armada palestina, mas matar todos os palestinos. Afinal, em inúmeras declarações, o governo sionista disse que já tinha expulsado o Hamas do norte de Gaza.

Até o fechamento desta edição, já se contabilizam 112 palestinos assassinados, sendo mais de 760 feridos, conforme informações divulgadas pelo Ministério da Saúde de Gaza, ao declarar que “mais oito pessoas foram confirmadas como mortas quando os seus corpos chegaram ao Hospital al-Shifa”.

E, ao que tudo indica, este número irá aumentar, pois, segundo o Ministério, “vítimas adicionais ainda estão sendo resgatadas na área onde as tropas israelenses abriram fogo contra palestinos que esperavam para receber assistência humanitária”.

Tendo em vista que o Hospital al-Shifa funciona apenas de forma parcial, devido aos ataques israelenses no decorrer desses quase cinco meses de genocídio, há vítimas também sendo levadas para o Hospital Kamal Adawn. Ocorre que, segundo o diretor do hospital, o Dr. Hussam Abu Safia, a situação no local está à beira de um colapso:

Esta é exatamente a situação sobre a qual vínhamos alertando, o hospital fora de serviço em meio a esse afluxo gigante de pacientes. Estamos operando com baterias. A maioria dos nossos pacientes está em estado crítico, o que requer intervenção cirúrgica urgente, mas não temos salas de cirurgia. Estou indefeso. Estamos simplesmente administrando apenas tratamento de primeiros socorros.

Até mesmo a Organização das Nações Unidas (ONU), uma entidade sob o controle do imperialismo, foi forçada a se pronunciar sobre o massacre. Martin Griffiths, chefe de ajuda humanitária da organização, declarou que “a vida está sendo drenada de Gaza a uma velocidade assustadora”.

E, de fato, está: já são mais de 30.035 palestinos assassinados apenas na Faixa de Gaza. Isto é, 1 em cada 75 pessoas no enclave. Indiscutivelmente, um genocídio! 

Desse número, pelo menos 12.300 crianças e 8.400 mulheres foram mortas pelos militares israelenses. Já o número de feridos ultrapassa 70.457. Vítimas de bombardeios, a maioria das quais perderam membros, realidade com a qual terão que conviver pelo resto de suas vidas – se é que sobreviverão.

Deve-se ainda ressaltar a quantidade de desaparecidos: mais de oito mil, os quais, provavelmente, estão mortos. De forma que o número de palestinos assassinados em Gaza está próximo de chegar aos 40 mil, e os feridos, a 110 mil.

Mas não é apenas os números que caracterizam o genocídio. É a crueldade com que “Israel” ataca os palestinos.

Por exemplo, nos dias que precederam os ataques aos palestinos que aguardavam ajuda humanitária, especialmente comida, foi noticiado em órgãos de imprensa de todo o mundo o alerta que a ONU fez, de que a fome extrema no norte de Gaza é iminente.

Sobre essa situação, nessa terça-feira (27), Ramesh Rajasingham, do Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU, declarou que “ao menos 576.000 pessoas em Gaza – um quarto de sua população – [estão] a um passo da fome extrema, com uma a cada seis crianças menores de dois anos sofrendo de desnutrição e emaciação (extremo emagrecimento)”.

Em outras palavras, um quarto da população de Gaza está à beira da fome extrema. Resultado do bloqueio genocida contra o enclave, e também dos bombardeios que destruíram a infraestrutura de produção, processamento e distribuição de alimentos.

Ademais, Maurizio Martina, diretor-geral adjunto da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação, informou que cerca de 97% da água em Gaza é “não apta para o consumo humano”.

A respeito dessa situação desesperadora para os civis palestinos, é necessário noticiar que, há alguns dias, uma criança pequena morreu envenenada após comer um pão que havia sido feito de forragem, pois os palestinos sequer têm o que comer.

E foi nessa conjuntura que o Estado nazista de “Israel” utilizou suas forças de ocupação para massacrar os palestinos que aguardavam receber ajuda humanitária. 

Segundo noticia a emissora catarense Al Jazeera, vários palestinos se concentraram na rua al-Rashid, pois acreditavam que havia caminhões de ajuda a caminho, transportando farinha. Conforme declaração de uma testemunha que estava no local, “fomos buscar farinha. O exército israelense atirou em nós. Há muitos mártires no terreno e até este momento estamos a retirá-los. Não há primeiros socorros”.

E não há primeiros socorros, pois as ambulâncias não conseguem chegar ao local, dado o nível de destruição das estradas. De forma que os feridos que já foram transportados para os hospitais próximos, o foram em caminhões.

O escritor palestino Yusri al-Ghoul também presenciou o massacre:

“Eles [‘Israel’] estão sempre repetindo a sua propaganda… Eu os ouvi quando nos insultavam e gritavam com os palestinos, até mesmo com as crianças… [dizendo] que os mataremos todos os dias.”

Não bastando tamanha crueldade, o correspondente local da rede, Ismail al-Ghoul, informou que, depois que as forças de ocupação abriram fogo, os tanques israelenses avançaram e atropelaram muitos dos corpos, até mesmo de pessoas que estavam feridas, assassinando-as: é um massacre, além da fome que ameaça os cidadãos de Gaza”, declarou o correspondente.

Diante de mais esse massacre, Ismail Hanié, líder do Hamas, principal partido representante do povo palestino, se pronunciou em nome do partido, responsabilizando não só o Estado de “Israel”, mas também os Estados Unidos e o governo de Joe Biden. 

Ao responsabilizar “Israel”, afirmou que as forças de ocupação são um exército nazista. Ademais, instou o Conselho de Segurança da ONU e a Liga dos Estados Árabes a se reunirem urgentemente para tomar medidas efetivas contra o genocídio. Aos países árabes, apelou para que os mesmos coloquem em prática a decisão da última Cúpula Árabe-Islâmica para quebrar o cerco sionista. 

E, o mais importante, convocou os povos árabes e os povos oprimidos de todo o mundo para saírem às ruas em amplas mobilizações de massa contra o Estado nazista de “Israel” e o genocídio que perpetra contra o povo palestino. Leia a declaração na íntegra, já publicada por este Diário:

Hamas se pronuncia sobre ataque israelense que matou mais de 100

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