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Valéria Guerra

Historiadora, artista (atriz) sob DRT 046699-RJ. Jornalismo UMESP-SP, término neste ano corrente. Bióloga e professora da Rede Estadual do Rio de Janeiro. Colaboradora textual do Site Brasil 247 há 4 anos. Escritora com livros publicados e textos para inúmeras Antologias, inclusive concursos de textos teatrais. Mestrando em psicologia da Educação. Escreveu o livro “Eu preciso de um Hulk” que se transformou em peça homônima

Coluna

Monopólio da opressão

"Enquanto uns estão mergulhados no luxo eterno, outros tem suas vidas ceifadas na busca da paz"

Viver sob a intensa chama da desigualdade, claro que é uma afirmação verdadeira. São milênios de desequilíbrio social: mortes, prisões, escravaturas, revoluções, revoltas nascidas do coito, do estupro, da desumanização das mentes imperiosas.

“Para os países de desenvolvimento burguês atrasado e, em particular, para os países coloniais e semicoloniais, a teoria da revolução permanente significa que a resolução íntegra e efetiva das suas tarefas democráticas e de libertação nacional somente pode ser concebida por meio da ditadura do proletariado, que se coloca à cabeça da nação oprimida e, primeiro de tudo, das suas massas camponesas”.

Onde nasceu o poder, qual a sua gênese? São questionamentos interessantes de serem conjecturados sempre, independente de todas as reflexões teóricas inflamadas de psicologia e filosofia pensadas pelos homens e mulheres que já conceituaram ou tentaram do ponto de vista axiológico realizar no campo educativo. A palavra poder já sabemos que significa “ser capaz”, “ter a capacidade de”.

Quem são os opressores-mor do nosso mundo geopolítico? São os czares, são os hitleristas, são os vikings, os egípcios, ou os romanos? Passado e presente se esbarram no ponto crucial do maniqueísmo, que por vezes se veste da Prada tecida com os fios da crença do amor próprio superestimado, ou em nome de uma Fé Maior.

O poder de Deus, está refletido na passagem bíblica (mais simbólica) que consta no chamado Velho Testamento: Os Dez Mandamentos”.

A Bíblia apresenta a Deus, como o soberano e Criador do Universo (Gênesis 1, 2). Na Criação, Deus estabeleceu as leis da existência, não somente humana, como de todos os elementos do Universo. No Éden, Deus expressou os princípios de relacionamento que deveriam reger a vida da raça humana, a fim de que o homem fosse eterno, saudável e feliz. Veja esses princípios a seguir:

“E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e governai-a” (Gênesis 1:28). Deus estabeleceu as leis de reprodução, bem como estabeleceu o homem como o Seu representante diante da criação e do cuidado com o planeta.

“E, havendo Deus terminado no dia sétimo a sua obra, que fizera, descansou nesse dia de toda a sua obra que havia feito. E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador, fizera” (Gênesis 2:2, 3). Deus estabeleceu o sábado como dia de descanso e comunhão com Ele, separando esse dia e enchendo-o de bênçãos.

“Tomou, pois, o Senhor Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar. E o Senhor Deus lhe deu esta ordem… da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás…” (Gênesis 2:15-17). Deus fez uma aliança com o homem, em que requisitou fidelidade e obediência de Adão, como símbolo de confiança e submissão à Sua vontade e ao Seu amor. Fazendo isso, Adão estaria amando a Deus de todo o seu coração.

“Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne” (Gênesis 2:24). Deus deixou claro que o homem deveria amar o seu semelhante como a si mesmo, sobretudo o seu cônjuge, como se fosse a sua própria carne.

Por que tudo isso é importante, antes de analisarmos os Dez Mandamentos? Porque, quando o homem perfeito caiu em pecado, esqueceu-se do seu acordo entre ele e o Deus Criador. Ao longo das gerações, o homem se esqueceu de Deus, e passou a escravizar e matar o seu irmão. Então Deus precisou deixar Sua vontade codificada em forma de lei a fim de que o homem soubesse como manter o caráter divino expresso em sua mente. Por isso, Deus escreveu a Sua lei com Seu próprio dedo em duas tábuas de pedra (Êxodo 31:18).

Dessa forma, encontramos os Dez Mandamentos transcritos em Êxodo 20:3-17 (como vemos a seguir) e sua repetição em Deuteronômio 5:7-21 (Edição Almeida Revista e Atualizada):

1º “Não terás outros deuses diante de mim”.

2º “Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima no céu, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás nem lhes darás culto; porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam e faço misericórdia até mil gerações daqueles que Me amam e guardam os Meus mandamentos”.

3º “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão; porque o Senhor não terá por inocente aquele que tomar o Seu nome em vão”.

4º “Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra; “mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus. Nesse dia não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o estrangeiro que está das tuas portas para dentro. Porque em seis dias fez o Senhor o céu e a terra, o mar e tudo o que neles há, e ao sétimo dia descansou; por isso o Senhor abençoou o dia do sábado, e o santificou”.

5º “Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá”.

6º “Não matarás”.

7º “Não adulterarás”.

8º “Não furtarás”.

9º “Não dirás falso testemunho contra o teu próximo”.

10º “Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo”.

Que maravilha este ordenamento, esta lei, esta prova de amor de Deus para com o ser humano.

Infelizmente, este ser humano: rejeitou o Decálogo, e principalmente o sexto mandamento.

O conflito existe nos meandros da existência, que na verdade é fruto da coexistência; que é dada, já a convivência é construída, e o que separa os humanos em alas, em bolhas e em fronts é o modus operandi mais antigo da Terra: a opressão.

A passagem da multiplicação dos pães e peixes registrada no Novo Testamento, nos abençoa com o desmantelo do fenômeno da opressão, que carreia seus oprimidos de forma seletiva e funesta, sob uma intensa chuva da crueza de poder instituido e através da vida psíquica do poder os lança no calabouço da escravidão.

A opressão é uma realidade tosca. E infelizmente, na era da realidade líquida, dentro de uma sociedade espetacularizada, os opressores reais, por vezes se travestem de oprimidos, e descumprem o sexto mandamento de Deus.

Enquanto uns estão mergulhados no luxo eterno, outros têm suas vidas ceifadas na busca da paz, que a fome não oferta, afinal as células não sabem que existem guerras…

* A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião deste Diário

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