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Oriente Médio

Meta bane permanentemente The Cradle de suas redes sociais

Revista se destaca por cobertura das ações do Eixo da Resistência

No dia 16 de agosto, a Meta, dona do Facebook e do Instagram, baniu permanentemente a revista The Cradle de suas plataformas por supostamente violar as diretrizes da comunidade ao “elogiar organizações terroristas” e por “incitação à violência”. Especialista no Oriente Médio, The Cradle se tornou um dos portais de notícias relacionadas ao Eixo da Resistência..

“Ninguém pode ver ou encontrar sua conta e você não pode usá-la. Todas as suas informações serão excluídas permanentemente”, diz a mensagem da Meta no Instagram, onde The Cradle ultrapassou 107 mil seguidores e acumulou milhões de visualizações. A mensagem ainda afirma que “você não pode solicitar outra revisão desta decisão”, apesar de a proibição ter ocorrido com pouco aviso ou qualquer chance de revisão.

De acordo com o próprio The Cradle, desde 2021, a se tornou conhecida “ao cobrir desenvolvimentos regionais com o tipo de amplitude e profundidade – e nuances – que muitas vezes desaparecem nos principais meios de comunicação social corporativos”.

The Cradle também afirma que as sanções da Meta ocorreram em grande medida por causa da publicação de vídeos que transmitem informações de movimentos de resistência, como o Hamas, o Hesbolá e o Ansar Alá – informações essas “que são uma parte essencial das notícias que se desenvolvem em uma região à beira de uma grande guerra”.

Ao criticar a censura brutal imposta pela empresa norte-americana, The Cradle lembrou ainda que os movimentos de resistência “são grandes organizações políticas da Ásia Ocidental que têm profundas raízes institucionais e cívicas no Líbano, na Palestina e no Iêmen e fazem parte da própria estrutura destas sociedades”. Tais organizações “têm representantes no governo, gerem escolas, hospitais e serviços públicos e distribuem salários a milhões de trabalhadores civis”.

Ironicamente, algumas das publicações que a Meta classificou como inadequadas têm como fonte jornais israelenses ou norte-americanos. Uma das mensagens apontadas como proibidas é a seguinte:

“A informação de inteligência que o Hesbolá recolheu é precisa ao nível de uma organização de inteligência ocidental avançada, com capacidades de observação, recolha precisa de inteligência e documentação em tempo real… Não há quase nenhum alvo no norte que o Hezbollah não possa atingir com mais de 50 por cento de sucesso”.

Nos dias seguintes ao assassinato de Ismail Hanié, a Meta excluiu 10 publicações da conta do Instagram do The Cradle em 48 horas. Estas vão desde citações de dirigentes ​​do Hamas e do secretário-geral do Hesbolá, Hassan Nasrallah, condenando os massacres em Gaza e os ataques israelenses em Teerã e em Beirute, a vídeos divulgados por forças de resistência locais em confronto com o exército israelense em Gaza, e até manchetes de outros jornais sobre Hanié.

O banimento de The Cradle ocorre após uma série de ataques à liberdade de expressão contra milhares de pessoas comuns e mesmo contra autoridades que defendem a luta do povo palestino. Uma delas é o líder máximo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei.

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