Em novo desdobramento do caso Jeffrey Epstein, foi divulgada nessa quinta-feira (5), nova lista com nomes de várias pessoas que estariam, de alguma forma, associadas ao ex-bilionário americano, falecido em 10 de agosto de 2019. A lista foi divulgada por juíza dos Estados Unidas, em conjunto com inúmeros outros documentos, que totalizam mais de novecentas folhas.
Relembrando, Epstein fora preso acusado não apenas de pedofilia, mas de comandar uma rede de pedofilia, traficando e agenciando garotas menores de idade. Sendo ele mesmo um bilionário, mantinha relações com inúmeras pessoas da burguesia mundial, desde capitalistas, passando por políticos, figuras da realeza britânica, e chegando a músicos e atores. Segundo as acusações, seu esquema de pedofilia era realizado em uma ilha privada de sua propriedade, nas Ilhas Virgens. Epstein e Ghislaine Maxwell, sua namorada de longa data, teriam um esquema de filmar as atividades sexuais dos pedófilos da alta sociedade, para então chantageá-los, algo que foi inclusive afirmado por ex-agentes não identificados dos serviços secretos de “Israel”.
Preso em 6 de julho de 2019, teria cometido suicídio em 10 de agosto do mesmo ano. Contudo, até hoje especula-se se realmente foi um suicídio ou uma queima de arquivo.
Voltando à nova lista, recém-divulgada, encontram-se inúmeras figuras de peso do Partido Democrata norte-americano, tais como os ex-presidentes Bill Clinton, Barack Obama, o ex-governador Bill Richardson (que também deteve cargos nos governos Clinton e Obama), o ex-vice presidente Al Gore. Marca presença também o ex-presidente Donald Trump do Partido Republicano. Contudo, no que diz respeito a políticos, a lista não se limita a norte-americanos: consta dela também o ex-primeiro-ministro israelense Ehud Barak. Igualmente, o príncipe Andrew, da realeza britânica. Vale a menção ao ator hollywoodiano Leonardo DiCaprio, notório propagandista da política ambientalista do imperialismo. A título de curiosidade, o já falecido astrofísico Stephen Hawking também é listado.
Não está claro por que razão esta lista foi divulgada logo agora. Mas pode-se especular.
Assim, vale mencionar que, à luz da lista, e dos demais documentos divulgados pelo poder judiciário norte-americano, suspeitas foram levantadas de uma possível ligação de Epstein com o Mossad, uma das agências que conforma o serviço de espionagem do Estado “Israel”.
Conforme exposto acima, uma das pessoas que constam da lista recém-divulgada é o ex-primeiro-ministro israelense Ehud Barak. Segundo informações da imprensa burguesa, o político chegara a se encontrar com Epstein ao menos 36 vezes, o que seria um indício das ligações do ex-bilionário americano com o aparato de espionagem sionista. Para além disto, alega-se que Robert Maxwell, burguês magnata da imprensa britânica, pai de Ghislaine, era igualmente agente do Mossad, e teria facilitado a conexão de Epstein com a agência de espionagem sionista.
Não obstante, serem interessantes essas evidências circunstanciais, é mais importante mencionar a declaração de Ari Ben-Menashe, ex-agente do Mossad, que, já em 2020, dissera expressamente à RT (Russian Today) que Epstein era de fato um agente da inteligência israelense, dando inúmeros detalhes de sua atividade.
De um lado, a nova lista constando nomes de peso do Partido Democrata. De outro, denúncias de que Epstein não só estava vinculado a “Israel”, mas era um espião para o Mossad. Soma-se a isto que dentre os dez políticos norte-americanos que mais recebem dinheiro do AIPAC (Comitê de Assuntos Públicos de Israel Americano), principal lobby sionista do mundo, a maioria são Democratas, e o primeiro na lista é ninguém menos que Joe Biden, então a peças vão se encaixando, e vai se encontrando uma razão do porquê da lista ter sido divulgada agora, após anos do início do Caso Epstein.
Os dez políticos dos EUA que mais recebem dinheiro de ‘Israel’
Ora, estamos no início do ano de 2024, ano de eleições presidenciais profundamente acirradas nos Estados Unidos. Caso Donald Trump não seja alvo de um golpe, tudo indica que ele vencerá as eleições contra Joe Biden ou qualquer outro candidato escolhido preferencial do imperialismo. Da mesma maneira, o imperialismo segue se movimentando para evitar que Trump seja eleito. Assim, é possível que a divulgação dessa lista tenha sido divulgada para prejudicar Biden, e beneficiar Trump. Afinal, mesmo não fazendo parte do setor preferencial do imperialismo, o ex-presidente tem apoio de membros importantes da burguesia norte-americana.
De qualquer forma, ele e seus aliados já se aproveitam dos nomes de Obama e Clinton na lista de Epstein para fazer campanha contra o atual presidente democrata.