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Coluna

Itaú demite 62 trabalhadores no seu Centro Tecnológico

As demissões estão ocorrendo nas áreas de atendimento do banco e é parte do processo de terceirização, que já havia começado no princípio do ano

Ainda mal secou a tinta da assinatura do Contrato Coletivo de Trabalho (CCT), entre banqueiros e os trabalhadores, a direção do Banco Itaú/Unibanco já partiu para uma nova ofensiva contra os seus trabalhadores demitindo, de uma só vez, mais 62 funcionários do seu Centro Tecnológico. 

As demissões estão ocorrendo nas áreas de atendimento do banco e é parte do processo de terceirização, que já havia começado no princípio do ano, cuja empreitada é jogar no olho da rua 350 bancários, somente naquele Centro.

Tal processo, não é exclusividade do Itaú/Unibanco, mas de praticamente todos os bancos, que estão terceirizando setores inteiros dos bancos, substituindo os trabalhadores bancários por terceirizados, que não compartilham dos mesmo direitos da categoria bancária, ou seja, tem os seus direitos e conquistas precarizados e salários muito abaixo de um bancário.

Os bancários acabam de sair de mais uma campanha salarial, que foi fragorosamente derrotada, devido à política de capitulação das direções do movimento, em que defenderam e aceitaram as migalhas caídas das mesas dos banqueiros cujo o índice de reajuste nos seus vencimentos foi de apenas 4,64% (INPC + 0,5% de “ganho real”), sendo que as perdas salariais da categoria bancária ultrapassam, em alguns bancos, 30%. 

A questão das demissões nos bancos, sendo que é uma das pautas mais importantes para a categoria, que diz respeito à estabilidade no emprego, foi completamente ignorada pela burocracia sindical nas mesas de negociações. Lembrando que, só no ano passado foram mais de 42 mil demissões no setor. Uma verdadeira hecatombe para os bancários e, no caso do Itaú/Unibanco, nos últimos 12 meses mandou para o olho mais de 3.300 funcionários. No andar da carruagem, tudo indica que este ano serão milhares de novas demissões no setor.

É preciso deixar claro que foram justamente essas máfias bancárias que controlam a economia mundial e nacional que impulsionam a pobreza no mundo. No Brasil, metade do orçamento federal vai parar nas mãos desses parasitas, através da famigerada dívida pública, que não produzem nada, enquanto que milhões de brasileiros se encontram literalmente na miséria. 

O objetivo é promover uma espoliação sem limites da classe trabalhadora e de toda a riqueza nacional, para alimentar o parasitismo de um sistema que não consegue mais produzir nem para alimentar a sua força de trabalho.

Somente a luta dos trabalhadores poderá barrar a ofensiva dos banqueiros contra as demissões, o arrocha salarial, etc. Os bancários precisam travar uma luta feroz com a burocracia sindical para tirá-los dessa política de letargia, de capitulação para com os banqueiros e chamar para organizar uma luta feroz contra a política de ataques dos banqueiros sanguessugas que, com certeza, irá se aprofundar no próximo período. 

 

* A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião deste Diário

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