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Palestina

Investigação da Al Jazeera desmascara calúnias contra Hamas

O Portal Electronic Intifada teve acesso a documentário produzido pela rede, decorrente de uma investigação do que ocorreu no 7 de outubro

Nesta segunda-feira (11), o portal Electronic Intifada noticiou que um documentário da equipe investigativa da Al Jazeera, emissora de do Catar, mostra que as acusações que “Israel” fez sobre a ação do Hamas no 7 de outubro não passam de mentiras.

Embora o documentário ainda não tenha sido publicado na íntegra, o Electronic Intifada (EI) teve acesso a ele e compartilhou algumas informações em seu portal.

Conforme consta na matéria publicada, “o documentário confirma muitas das reportagens feitas por volta de 7 de Outubro por um pequeno grupo de jornalistas independentes”, tais como The Grayzone, Mondoweiss, The Craddle, este Diário, e a própria Electronic Intifada, que denunciaram, ao longo desses cinco meses de conflito que “que muitos – se não a maioria – dos 1.154 israelitas que o governo afirma terem sido mortos por palestinos foram, na verdade, mortos pelo próprio Estado de Israel”.

Para produzir o documentário, a Al Jazeera realizou uma investigação forense que consistiu em examinar mais de sete horas de filmagens, grande parte das quais foram tiradas das câmeras frontais dos próprios combatentes do Hamas. Naturalmente, também foram utilizadas as filmagens disponíveis das forças israelenses de ocupação. Ademais, analisou o testemunho de mais de cem sobreviventes, elaborando uma lista ampla das vítimas.

E, por meio desse trabalho jornalístico, a equipe investigativa da emissora catarense concluiu com certeza que pelo menos 18 dos 782 civis israelenses e estrangeiros que morreram no dia 7 de outubro foram assassinados pelas forças israelenses de ocupação, e não pelo Hamas e demais organizações da resistência, conforme noticiado à época pela imprensa imperialista e sionista.

Além disso, constatou que 27 dos israelenses feitos prisioneiros pela resistência “morreram algures entre a sua casa e a cerca de Gaza em circunstâncias que não foram explicadas”. O que significa que o Hamas não chegou atirando indiscriminadamente quando seus combates adentraram nas comunidades (kibbutz), uma calúnia que foi e continua sendo propagada pelo imperialismo.

A respeito das mortes em “circunstâncias que não foram explicadas”, vale lembrar que já em novembro o jornal sionista Haaretz, através de seu podcast The Week, entrevistou o Coronel Nof Erez, da reserva das forças israelenses de ocupação. Naquela entrevista, Erez disse que helicópteros israelenses foram enviados para os locais onde estavam os combatentes da resistência, no dia 7 de outubro. Contudo, as aeronaves chegaram antes mesmo de que houve tropas no chão para coordenar a ação aérea:

“Um helicóptero de esquadrão atua da seguinte maneira: ele chega no local de atividade e tenta entrar em contato com o comando da divisão. Não havia comando de divisão naquele momento. Mesmo às 6h30 da manhã não havia comando. Nesses casos, ele tenta entrar em contato com o comandante da brigada. Naquele dia, também não houve resposta do comando da brigada. E o comando do batalhão 13, responsável pela área… também não foi possível entrar em contato […] Se não há ninguém com quem você possa entrar em contato, eles não podem dizer [as posições do inimigo a serem atacadas] Houve uma diretriz Aníbal em massa […] Havia inúmeras aberturas nas cercas e milhares de pessoas em todo tipo de veículo […] Eu sei que os helicópteros e drones fizeram tudo que podiam, mas sem controle, sem coordenação com tropas terrestres, porque não havia nenhum a primeiro momento”.

No mesmo sentido, ainda segundo a matéria do Electronic Intifada, no documentário da Al Jazeera consta que 70 veículos conduzidos por combatentes palestinos que regressavam a Gaza foram explodidos por helicópteros, drones ou tanques israelenses. De forma que os muitos civis israelenses foram assassinados pelas forças israelenses de ocupação, quando colocaram em prática a Diretriz Aníbal, para impedir que a resistência levasse prisioneiros israelenses para Gaza.

Ainda sobre os ataques das forças sionistas contra a própria população israelense, a Al Jazeera teria consultado um especialista militar, o ex-oficial de artilharia britânico Chris Cobb-Smith, a quem mostrou imagens das construções das comunidades (kibbutz), completamente destruídas.

Ao ser questionado se tal nível de destruição poderia ter sido causado pelo Hamas, Cobb-Smith concluiu que não, em face dos equipamentos militares dos combatentes:

“Todas as imagens que vi do ataque do Hamas através da fronteira, através da cerca, até aos [kibutzim], mostram que eles estão praticamente armados apenas com armas ligeiras, granadas de propulsão de foguete e armas pessoais.

[…]

[Estes são] danos estruturais catastróficos […] claramente não foram causados ​​por um colapso estrutural de um incêndio. [Foram] causados ​​por algum tipo de sistema de armas pesadas durante o combate. Esses danos estruturais catastróficos em muitos desses edifícios só podem ter acontecido devido ao uso de sistemas de armas pesadas contra o próprio kibutz.”

Assim, o documentário da Al Jazeera, que ainda será publicado, conforme informações da Electronic Intifada, servirá para esclarecer o que realmente aconteceu no 7 de outubro, e desmascarar ainda mais as calúnias da imprensa imperialista e sionista contra o Hamas. 

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