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Transparência Internacional

Imperialismo quer retomar a campanha da corrupção?

ONG imperialista avalia que o governo Lula estaria pior classificado do que o governo Bolsonaro na questão do "combate à corrupção, algo muito suspeito.

Nesta semana, a ONG Transparência Internacional publicou sua atualização do “Índice de Percepção da Corrupção”, que se propõe a classificar os países de acordo com o grau de corrupção com a qual cada um convive. Mesmo elencando uma série de ações escandalosas ocorridas no governo Bolsonaro, neste primeiro ano de governo Lula, a ONG considera que o Brasil teria se tornado mais corrupto, com a perda de dois pontos no índice. Entre os pontos citados para justificar essa queda estariam as indicações de Cristiano Zanin e Flávio Dino ao Supremo Tribunal Federal (STF) e de Paulo Gonet para a Procuradoria-geral da República (PGR).

Segundo a ONG, as indicações ao STF e à PGR “evidenciam que muito ainda precisa ser feito para resgatar a autonomia do sistema de justiça”. Zanin é citado como “advogado pessoal do presidente” e Gonet como indicação “fora da lista tríplice”. A “mulher negra do STF” aparece também como um exemplo de que a “representatividade nos principais cargos de poder político ficou em segundo plano”. O relatório critica ainda o que chama de “barganhas” entre os poderes Executivo e Legislativo, algo que, convenhamos, só poderia ser superado com uma profunda ruptura, algo que certamente a ONG não quer que aconteça no Brasil. Cinicamente, defende um Judiciário mais independente para todos os países do mundo para enfrentar e prevenir a corrupção.

Não deixa de ser interessante passar a vista pela lista elaborado pela ONG. Com 36 pontos, o Brasil se encontraria com maiores problemas de corrupção do que diversos países africanos, como Zâmbia, Gâmbia, Etiópia, Marrocos, Tunísia, Tanzânia, Costa do Marfim, Ruanda e Burquina Fasso, entre outros. Está muito abaixo do Uruguai, que pontua excelentes 73 pontos, nesta escala fictícia que vai de 0 a 100. Barbados e Bahamas, entre outras ilhas coloniais na América Central, também estariam melhores no quesito corrupção. São tantas bizarrices que fica difícil escolher quais destacar.

A presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, se manifestou com firmeza sobre essa farsa. Ela resgatou uma denúncia muito importante sobre essa ONG, coisa que a imprensa golpista vai fazer o possível para esconder quando abordar a lista da corrupção. Gleisi relembrou que a Transparência Internacional não apenas rasgou elogios e exaltações à Operação Lava Jato, mas tinha interesses econômicos diretos na tentativa de Sergio Moro e Deltan Dallagnol de abocanhar recursos públicos. Na rede social X (antigo Twitter), Gleisi Hoffmann escreveu assim:

“ONG Transparência Internacional tem longa trajetória de desinformação sobre os governos do PT, mas no relatório anual divulgado ontem passaram dos limites. Acusar de retrocesso a indicação dos ministros Cristiano Zanin e Flavio Dino ao STF, além da escolha de Paulo Gonet para a PGR, revela apenas a má vontade e a oposição política da ONG a @LulaOficial e ao PT. Queriam que Lula indicasse procurador-geral e ministros lavajatistas? Expliquem antes quem financia vocês, abram suas contas, expliquem os negócios em que se envolveram com Moro e Dallagnol. Poucos saíram tão desmoralizados das investigações sobre os crimes da Lava Jato quanto a tal Transparência Internacional, que de transparente só tem o nome. As investigações sérias revelaram que a TI foi não apenas cúmplice de Sergio Moro e Dallagnol na perseguição a Lula e ao PT: seus dirigentes tornaram-se sócios nas tentativas da dupla de se apropriar de recursos públicos ilegalmente, o que foi felizmente barrado pelo STF.”

Como recorda uma publicação no sítio do PT, em 2016, Dallagnol foi “recebido como herói” na sede da Transparência Internacional em Berlin numa premiação. Com o vazamento de uma série de conversas privadas entre promotores, foi revelado que a ONG tinha interesse em participar junto com a força tarefa da Lava Jato na gestão de um fundo de R$2,5 bilhões que seria formado com recursos da Petrobrás. A tal “luta contra a corrupção” liderada pelo imperialismo é fundamentalmente isso. Um jogo cínico de dominação e ingerência nos países dominados. Diante dessa investida da ONG, fica no ar se o imperialismo vai retomar agora essa campanha da corrupção para uma nova leva de derrubada de governos nacionalistas.

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