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Palestina

Em meio a genocídio em Gaza, colonos avançam na Cisjordânia

Colonos sionistas utilizam genocídio em Gaza para expandir ocupação na Cisjordânia.

Colonos sionistas utilizam genocídio em Gaza para expandir ocupação na Cisjordânia. Segundo grupos de direitos humanos e da Organização das Nações Unidas (ONU), durante o último conflito, após o 7 de outubro, colonos israelenses forçaram a saída de mais de 1200 palestinos de suas terras na Cisjordânia.

Ao menos 15 comunidades palestinas foram desintegradas desde outubro de 2023. Uma expansão rápida para alterar a demografia na Cisjordânia, visando fraturar o território de um eventual Estado Palestino.

Nas palavras de Mauricio Lapchik, ativista do Peace Now: “quando há uma guerra, os colonos se aproveitam e tentam estabelecer o maior número possível de postos avançados”. O Peace Now é uma organização israelense que documenta as atividades dos colonos. 

Esse mesmo grupo apontou um aumento similar nos postos avançados ilegais durante os anos da Segunda Intifada, no início dos anos 2000. Indicando que esta é uma política antiga do sionismo.

Likud, benção aos colonos

Em 1967, “Israel” estabeleceu 160 colonatos na Cisjordânia.. Na década de 1990, com o governo Netanyahu, essa política foi ainda mais estimulada, de modo que o governo passou a visto como uma benção aos colonos. Agora existem ao menos 700 mil colonos, 10% da população de Israel, que ocupam mais 390 km² do território palestino. No ano passado, Netanyahu declarou pretender introduzir mais meio milhão de colonos na Palestina ocupada.Neste ano, 6 de março, “Israel” aprovou mais 3.500 novas unidades coloniais na Cisjordânia.

No dia 12 de outubro, dezenas de colonos chegaram à aldeia de Wadi al-Siq e expulsaram à força cerca de 180 pessoas. Os colonos estavam uniformizados e armados, além de escoltados pela polícia. Os tais colonos são forças paramilitares de extrema-direita, que agem intimidando através da violência.

“Nada acontece sem apoio militar, pode ser mais ou menos direto, mas está sempre lá”. Afirmou Droro Etkes, fundador do Kerem Navot, grupo que acompanha a política de gestão de terras há mais de duas décadas.

Essa pratica está em vigor há décadas. Apenas nos 10 primeiros meses de 2023, foram registrados 1038 casos de violência pela ONU. Esses números triplicaram após o 7 de outubro.

Postos avançados ilegais

Foram documentados ao menos quinze postos avançados construídos neste último período. Os postos avançados são ilegais até sob a legislação israelense, e servem como ponto de apoio aos colonos para promoverem assentamentos ilegais.

Basicamente, os colonos sionistas, com apoio da polícia e das forças armadas israelenses, ocupam as propriedades palestinas, forçando a saída dos agricultores locais, destruindo suas casas e roubando animais.

Esses postos possibilitam reduzir o acesso às pastagens em torno das suas comunidades, forçando a saída dos agricultores em busca de segurança e manutenção da subsistência para as famílias.

Estradas ilegais

Outro aspecto do avanço da ocupação sionista é a construção de estradas ilegais nas terras palestinas. Que complementa a política dos postos avançados no ataque à subsistência da agricultura local e permite o deslocamento das tropas israelenses no apoio dos colonos.

Ao menos 18 novas estradas ilegais foram documentadas após o 7 de outubro.

Expansão territorial

No ano passado, o controle do planejamento de colonatos na Cisjordânia ocupada foi concedido a Bezalel Smotrich. Ele é co-fundador da organização de colonos Regavim e líder do partido de extrema direita Sionismo Religioso.

A política de Netanyahu é abertamente de expansão territorial, não foge da atuação inicial do sionismo na região. Cada passo deste vai no sentido preparar a expansão do enclave, e impedir a consolidação de um Estado Palestino em oposição ao Estado supremacista de “Israel”.

Nessa fase, Netanyahu pretende basicamente dobrar sua inserção de colonos israelenses na zona da Cisjordânia sob controle de “Israel”. Essa política segue com apoio ou omissão da maioria das nações, sendo ameaçada apenas pela resistência armada dos combatentes palestinos, como o Hamas.

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