Líbano

Dirigente do Hesbolá desmente sionistas: ‘Israel’ está exaurido

Sayyed Hassan Nasseralá faz um pronunciamento no Ramadã, apresenta um balanço do conflito no Oriente Médio e destaca que Netaniahu “já perdeu”

O Secretário-Geral do Partido de Alá (Hesbolá), Sayyed Hassan Nasseralá, proferiu no último dia 13 um discurso por ocasião do Ramadã – mês sagrado para a religião islâmica -, no qual apresentou também um balanço e uma análise do desenvolvimento da Revolução Palestina.

Nasseralá contraria a propaganda difundida pelo imperialismo, de que o massacre de mulheres e principalmente crianças, o cerco genocida contra Gaza e a destruição da infraestrutura do território palestino, indica uma vitória de “Israel”. “O exército israelense”, disse, “após cinco meses, enfrenta escassez em muitos aspectos e quer recrutar 14.500 oficiais e soldados, até mesmo dos judeus ordotoxos”.

O dirigente destaca que o recrutamento forçado, um fenômeno de conhecimento público, tem uma causa, essa não tão pública assim: “o exército israelense hoje está exausto e esgotado em todos os fronts, e o número de suas baixas é muito grande, muito maior do que o declarado”, concluiu, reforçando que serão mantidas as operações militares “nos fronts de apoio, no Líbano e no Iêmen”.

Nasseralá comentou outro aspecto pouco difundido do esgotamento enfrentado pela ocupação sionista da Palestina, mas muito expressivo, como comprova notícias recentes sobre a falência de quase 20% no PIB de “Israel”: “a sociedade israelense está mostrando sinais de fadiga, também [refletido em] seu exército e economia”, disse o líder do Hesbolá.

Expondo mais as mentiras divulgadas pelo imperialismo, Nasseralá sugeriu para “aqueles que desejam avaliar o que a Resistência [Palestina] está fazendo no front libanês, devem ver a dissuasão que a Resistência alcançou contra o inimigo, impedindo-o de travar uma guerra contra o Líbano”. “No front norte”, acrescentou, “há um sigilo severo em relação às perdas em termos de soldados, veículos militares e outros”.

Um dos principais partidos da luta pela libertação da Palestina, o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), é defendido pelo dirigente do Hesbolá, que reforça a legitimidade da resistência armada e a luta por um cessar-fogo permanente, com a retirada completa das forças de ocupação israelenses da Faixa de Gaza: “afirmamos nosso apoio às facções da Resistência Palestina, especialmente à liderança do Hamas, que negocia em nome de todos”, disse, destacando também a liderança do partido palestino em todo o processo de luta revolucionária.

Outro importante front da luta em solidariedade aos palestinos se dá no Golfo de Adém, onde o Iêmen bloqueia a comunicação entre os oceanos Índico e Pacífico com o mar Mediterrâneo (que banha o norte da África e o sul da Europa). “Nem os americanos, nem os britânicos, nem nenhum europeu conseguiu impedir que os irmãos iemenitas atacassem os navios que iam para a Palestina ocupada”, destacou o dirigente do Hesbolá. Ele também destacou o papel da Resistência Islâmica no Iraque, que continua lançando mísseis e drones nos locais de ocupação israelense.

Finalmente, ante a ameaça crescente de invasão do território palestino de Rafá, na fronteira com o Egito, Nasseralá antecipou: “mesmo que você [Netaniahu] vá a Rafá, você já perdeu a guerra. Você não pode abolir o Hamas ou a Resistência em Gaza, apesar de todos os massacres“.

“Gaza, que resiste, luta e persevera em uma cena mais próxima de um milagre, surpreendeu o mundo, representando a cultura do [sagrado] Alcorão”, sublinhou o líder da Resistência. “Leva um tempo”, concluiu Nasseralá, “a escolha natural e lógica nessas batalhas nos fronts da Resistência [é ser paciente]”, disse, acrescentando que “a vitória pertence àqueles que perseveram”.

“Nosso trabalho e responsabilidade são [promover] a perseverança e resiliência, [e colocar] o Eixo da Resistência em uma posição de força e o inimigo em uma posição de fraqueza”, finalizou.

Nasseralá concluiu seu discurso enviando uma mensagem de gratidão aos manifestantes nos Estados Unidos exigindo o fim da agressão israelense na Faixa de Gaza, dizendo que seus esforços contínuos podem “abrir uma porta para a esperança”. A pressão internacional, como se observa, tem sido fundamental para impedir o sionismo de ser tão monstruoso como pretendiam, e como as potências imperialistas gostariam que Telavive fosse em condições mais favoráveis.

Se no cenário mundial, o repúdio popular à barbárie israelense desencadeia uma nova crise a cada ação, no Oriente Médio, a situação dos invasores da Palestina é ainda pior. A chegada do Ramadã se dá com uma renovação da disposição dos povos árabes em se unir contra o inimigo comum, dividir as forças israelenses e imperialistas. O discurso de Nasseralá é também uma exortação aos combatentes que lutam contra “Israel”, que como disse o dirigente, “já perdeu”.

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