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Equador

Continue assim, Cantalice

País sul-americano hoje vive sob uma ditadura feroz estabelecida por meio do pretexto do combate ao chamado crime organizado

Neste domingo (21), um referendo no Equador, promovido pela própria presidência da República, possibilitou que uma série de mudanças fossem implementadas no país, visando tornar o regime ainda mais antidemocrático. Entre as medidas, estão a a possibilidade de extradição de seus cidadãos, medida que foi imposta pelo imperialismo norte-americano em países como a Colômbia, a fim de aumentar ainda mais o controle sobre as nações oprimidas.

Outra medida que constava no referendo dizia respeito à participação dos militares no regime. Embora já estivesse em vigor decretos de estado de exceção e declarações de conflito armado interno, o plebiscito procura simplificar essas exigências legais e fazer com que a decisão para enviar os militares dependa somente de um despacho do chefe da polícia local e do presidente.

O plebiscito também possibilitou ao governo implementar uma série de medidas para aumentar a repressão penal. Entre as medidas, estão o aumento das penas para dez crimes, como terrorismo e narcotráfico, a eliminação da possibilidade de reduções de penas para condenados por crimes como terrorismo.

Também chamou muito a atenção medidas como a aprovação de que as forças de segurança possam fazer uso imediato das armas apreendidas, a tipificação do crime de posse ou porte de armas de uso exclusivo de militares e policiais e a simplificação do procedimento da lei de Extinção de Domínio, para que o Estado se torne titular dos bens de origem ilícita ou injustificada apreendidos.

O plebiscito não deixa margem para dúvidas de que vigora no Equador hoje uma ditadura brutal, muito semelhante à que vigora em países como El Salvador. Um país onde os direitos democráticos foram rasgados e que o aparato de repressão tem uma participação no primeiro plano da vida política.

O plebiscito é o resultado de uma ofensiva do governo de Daniel Noboa sobre os direitos democráticos da população. E qual o seu pretexto para implementar uma ditadura no país? Um suposto combate ao “crime organizado”.

No Brasil, um setor do Partido dos Trabalhadores (PT) vem defendendo que o governo Lula faça do combate ao “crime organizado” uma grande prioridade. Pessoas como Alberto Cantalice, que dirige a Fundação Perseu Abramo, defende abertamente o aumento de penas para pessoas envolvidas em crimes tipificados como sendo dessa natureza.

Ao defender essa política, esse setor da esquerda está defendendo, na verdade, que o regime brasileiro evolua ainda mais para uma ditadura. Uma ditadura que se voltará não apenas contra o povo, mas contra o próprio governo.

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