Em pronunciamento nesta quinta-feira, 11, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva oficializou a escolha de Ricardo Lewandowski, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), de 75 anos, para assumir a posição de ministro da Justiça e Segurança Pública.
Não é a primeira vez que Lula aponta Lewandowski para uma função relevante. O primeiro convite ocorreu em 2006, quando Lula indicou o jurista para o STF. O nome de Lewandowski já vinha sendo especulado como possível líder do Ministério da Justiça desde sua participação na comitiva de Lula durante a COP28, realizada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, em novembro de 2023.
Lewandowski, que se aposentou do STF em abril de 2023 ao completar 75 anos, está destinado a suceder Flávio Dino no Ministério da Justiça. Dino, por sua vez, deixou o cargo para assumir uma posição como ministro da Corte. O encontro entre Lula, Dino e Lewandowski está marcado para quinta-feira (11), a partir das 11h, conforme a agenda oficial da Presidência da República.
Apesar de seu período no STF não ter sido marcado por ações significativas contra os golpes direcionados aos trabalhadores, Lewandowski mostrou uma posição mais “garantista”, contrastando com figuras como Luís Roberto Barroso, conhecido como o “senhor Lava Jato”. Há especulações de que a chegada de Lewandowski pode representar uma tentativa de reduzir a influência do PSB no governo. Nesse contexto, ao indicar Lewandowski, Lula estaria apontando para alguém menos comprometido com as arbitrariedades do regime político em comparação com Flávio Dino.
Contudo, é crucial destacar que, devido às suas próprias relações, Lewandowski está longe de ser o ministro que um governo popular necessita, alguém verdadeiramente comprometido com os direitos democráticos da população. A análise das ações e do histórico do ex-ministro do STF se faz necessária diante dessas mudanças no cenário político do país.
Ricardo Lewandowski, apontado como o futuro ministro da Justiça pelo presidente Lula, está alinhado com a postura de Flávio Dino no que diz respeito à segurança pública e defende um endurecimento na abordagem.
O ex-ministro pretende manter-se com as polícias estaduais, promovendo investimentos e colaboração conjunta. Ele parte da análise de que é preciso fortalecer o sistema carcerário e aumentar sua capacidade, para colocar mais gente na cadeia.