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Polícia Federal

Caso Breno Altman e PCO: Estado brasileiro a serviço do sionismo

Imperialismo e suas organizações no Brasil trabalham claramente para implantar uma verdadeira ditadura na internet, se utilizando das próprias instituições do governo

Pela terceira vez, a Justiça de São Paulo acatou ao pedido da CONIB (Confederação Israelita do Brasil) para censurar e perseguir o jornalista, fundador e editor chefe do site de notícias Opera Mundi e militante do Partido dos Trabalhadores. Em decisão proferida na última terça-feira (26/12), a 2ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, ordenou que Altman apague cinco postagens suas na rede social X. 

De acordo com o sítio Opera Mundi, o documento assinado pelo desembargador Luiz Augusto de Salles Vieira considerou válida a alegação da CONIB de que cinco das mensagens publicadas por Altman na rede social poderiam configurar “crime de injúria ou até eventual calúnia” contra a comunidade judaica. “Nas publicações, o jornalista, que é de família judia, fazia críticas não ao judaísmo e sim contra o sionismo, ideologia que norteia o atual governo de Israel, liderado pelo premiê Benjamin Netanyahu” aponta Opera Mundi.

Entre os dias 23 e 30 de novembro, a 8ª Vara Criminal Federal de São Paulo emitiu duas liminares que também pediam a exclusão de mensagens publicadas pelo jornalista no X que também criticavam o caráter racista do regime de Netanyahu. Na ocasião, Altman se pronunciou sobre os recursos da CONIB na Justiça, dizendo que são “manobras dos agentes sionistas que, mais uma vez, repousam na mentirosa associação entre antissionismo e antissemitismo, ainda capaz de ludibriar autoridades de boa fé”.

Após ficar sabendo de mais essa tentativa de calar as denúncias que estão sendo feitas contra o sionismo, Altman usou suas redes sociais para denunciar o caráter dessa mais nova investida contra ele.A CONIB, é agência de um Estado estrangeiro em nosso território, disfarçada de representação da comunidade judaica. Antro de bolsonaristas da pior laia e trajetória, dedica-se a comandar o lobby sionista e seus interesses criminosos”, escreveu o jornalista no X.

Seu partido, o PT, se solidarizou com Altman por meio de nota oficial e condenou a perseguição ao jornalista por expressar sua opinião contra os crimes do Estado de “Israel” contra os palestinos.A investigação do jornalista Breno Altman pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal configura um caso de injusta e inaceitável perseguição de caráter político. A ação contra o jornalista tem como única motivação o seu firme e correto posicionamento contra o massacre do povo palestino pelo governo de ultra-direita de Israel”, diz um trecho da nota.

Gleisi Hoffmann, a presidenta do partido, também usou suas redes sociais para condenar a perseguição política ao companheiro de partido. A deputada federal disse ser “muito grave a perseguição ao jornalista Breno Altman, por seu firme posicionamento contra o massacre do povo palestino pelo governo de ultradireita de Israel”. “Querem condená-lo (Altman) por suas opiniões. Não podemos ser coniventes com essa perseguição”, afirmou a presidenta do PT.

Logo após se posicionar em seu X, Hoffmann, foi atacada pela CONIB, a entidade considerou “preconceituosa” a declaração da dirigente petista. Ao apontar que a CONIB “nega o direito aos judeus de não aceitar o sionismo”, a organização israelita considerou essa menção de Gleisi como uma “afirmação preconceituosa em relação à Conib, ou seja, de dupla lealdade, jargão clássico do antissemitismo, que merece total reprovação”.

O Ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, Paulo Pimenta (PT), em entrevista à TV 247 neste domingo (31), fez uma afirmação um tanto quanto sintomática em relação à Polícia Federal e a atuação do governo no caso. Pimenta, disse que se coloca ao lado da nota do partido e assina embaixo do que foi dito pela presidenta do partido, também se solidarizando com Altman.

Segundo explicou o ministro, a abertura do inquérito partiu de um requerimento feito por um procurador federal e, portanto, a PF não poderia se negar a atender o pedido. “Se trata de uma representação do Ministério Público Federal. Não é uma investigação da Polícia Federal. O MPF determinou que a PF instaurasse um inquérito. É um detalhe importante. A Conib (Confederação Israelita do Brasil) fez uma representação ao MPF e o MPF tem competência legal e institucional para requisitar esse tipo de ação da PF. (…) A Polícia Federal não abriu nenhuma investigação.”

Apesar de parecer isenta no caso do Altman, a Polícia Federal, já demonstrou de que lado atua e a quem serve quando colocaram em marcha no Brasil a operação Trapiche”, quando prendeu, perseguiu e interrogou supostos terroristas brasileiros que teriam ligação com o Hesbolá e que estariam prontos para atacar igrejas no país. A farsa toda caiu por terra em poucos dias, mas deixou claro a atuação do Mossad (Serviço de inteligência israelense) e a subordinação da instituição brasileira aos interesses do imperialismo.

O que podemos ver é que o governo do PT, embora tenha Lula como o chefe do Executivo, não controla as instituições do Estado como o judiciário e muito menos as polícias do País, principalmente a Federal. Podemos perceber claramente, que essas instituições estão nas mãos da direita e do que há de pior no imperialismo mundial. Nessa situação temos um perigo iminente contra a esquerda brasileira e principalmente, contra o próprio governo.

É importante lembrar como agiram todas essas instituições da burguesia desde o golpe de Estado de 2016. Foi clara a atuação da PF, junto à Lava Jato, com outros setores do judiciário e a imprensa golpista, em conluio para derrubar a ex-presidenta Dilma Rousseff, prender Lula e colocar Bolsonaro no poder. Outro ponto que demanda consideração é como o governo está trabalhando para censurar, bloquear, multar e até mesmo colocar pessoas na cadeia por postagens em redes sociais.

O suposto controle da informação nas redes sociais pelas instituições do legislativo, medida ditatorial que o governo brasileiro está entrando de cabeça. Essa medida, além de ser antidemocrática e impopular, irá formar uma verdadeira ditadura na internet, deixando livre leve e soltos e aumentando os poderes dos principais meios de comunicação no Brasil que são inimigos declarados do povo brasileiro, como a Globo, por exemplo.

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