O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, que recentemente foi às redes sociais para caluniar o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, agora decidiu caluniar também o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan. Katz afirmou que Erdogan está “entre os piores antissemitas da história” por causa de sua posição sobre o conflito de Gaza. Embora não esteja intervindo militarmente no conflito, mesmo detendo um dos mais poderosos exércitos da Europa, Erdogan apresenta uma posição simpática à resistência armada palestina e, inclusive, já participou de um grande comício em apoio à Palestina.
Em discurso mais recente, Erdogan comparou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, a Adolf Hitler, referindo-se aos crimes de guerra de “Israel”, que já mataram 31 mil pessoas. Ele também voltou a refutar as acusações de que o Hamas seria uma “organização terrorista”.
Para ofender o presidente turco, demonstrando a truculência é o desespero do regime sionista, Katz foi às redes sociais, fazendo declarações tanto em hebraico como em turco.
Como um típico sionista – isto é, profissional da mentira -, Katz ainda alegou que o Hamas teria cometido “assassinatos e agressões sexuais” durante a Operação Dilúvio de al-Aqsa, deflagrada em 7 de outubro. Katz, então, concluiu com uma verdadeira pérola, acusando Erdogan de ser um “dos maiores opressores e antissemitas na história.”
A Turquia tornou-se “o maior apoiante do terrorismo no mundo, juntamente com o Irã”, o que traz “vergonha” ao país, insistiu o ministro israelense.
Em seu discurso, Erdogan, por sua vez, afirmou que o que está acontecendo em Gaza “já ultrapassou os limites da tolerância” é que, “apoiado pelo apoio militar e diplomático ilimitado das potências ocidentais, Israel, que é um estado de terror, está a levar a cabo uma política total de genocídio contra os nossos irmãos e irmãs palestinos”.
Erdogan ainda destacou que a Turquia já forneceu cerca de 40.000 toneladas de ajuda humanitária ao povo de Gaza por via aérea e marítima. Ele instou o mundo muçulmano a fazer mais para acabar com as hostilidades, dizendo que até agora “não cumpriu adequadamente o seu dever fraterno para com os palestinos”.