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São Paulo

Amanhã: às ruas em defesa da Palestina e da soberania nacional

Trabalhadores e estudantes da cidade de São Paulo devem voltar às ruas, neste sábado (23), 15h, no Largo São Francisco, para a luta contra os opressores de palestinos e brasileiros

Trabalhadores e estudantes de São Paulo estão sendo convocados pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo ao Largo São Francisco neste sábado (23), às 15h, para uma manifestação. Na convocação feita pelo Partido da Causa Operária (PCO), a organização trotskista destaca a defesa da luta pela soberania nacional e, como não podia ser diferente, a defesa da Palestina.

Na primeira questão, o País enfrenta um cerco promovido pelas forças imperialistas que exercem sua influência sobre postos chave na gestão da nação, como é o caso da extração e refino de petróleo por meio da Petrobrás e do controle da política monetária, exercido por Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

A política empreendida por Campos Neto no comando do BC está na raiz de sérios entraves ao desenvolvimento econômico e à melhoria dos padrões de vida da população, obrigando uma ação enérgica contra o bolsonarista. No caso da maior empresa do Brasil, os especuladores querem roubar a riqueza do povo brasileiro por meio de dividendos e da privatização completa da Petrobrás.

Nos dois casos, como denunciou Edward Snowden, o ex-agente da agência norte-americana da segurança nacional NSA, o imperialismo norte-americano está diretamente ligado aos ataques contra o País. Este é o inimigo comum que une os povos explorados e oprimidos de todo o mundo, e deve ser enfrentado por todos.

Fora Campos Neto

Sob o comando do sionista e bolsonarista Roberto Campos Neto, o BC se tornou uma trincheira do imperialismo norte-americano para atacar o governo do presidente Lula e sufocar qualquer tentativa de desenvolvimento econômico real. Com a taxa de juro nas alturas, em 10,75% ao ano, o juro real (taxa de juro praticada menos a inflação) brasileiro é o maior do mundo.

O Brasil tem hoje uma política monetária que inviabiliza os investimentos, torna o custo do crédito proibitivo e, com isso, a circulação de dinheiro com custo restritivo a ponto de asfixiar a economia nacional, algo que atende aos interesses norte-americanos e europeus, que dependem da manutenção do atraso do País.

Não por acaso, os defensores do imperialismo foram os principais defensores da “independência” do Banco Central, um mecanismo que quer dizer, na prática, independência do BC em relação ao povo, para poder ser totalmente dependente dos interesses de banqueiros estrangeiros.

Por isso, é vital lutar pelo “Fora Campos Neto”, para a expulsão do indicado do ex-presidente golpista, Jair Bolsonaro (PL), e, também, pelo fim da independência do BC, que precisa se tornar uma instituição controlada pelo povo brasileiro, com uma direção pressionada pelos interesses populares, que querem o desenvolvimento do País, salários, moradias, empregos etc.

Pela reestatização da Petrobrás

A Petrobrás foi parcialmente privatizada. O governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) desferiu um grande ataque contra a empresa ao entregar uma porção aos tubarões do mercado financeiro na Bolsa de Valores de Nova Iorque. Desde então, a estatal precisa atender aos acionistas, obrigando a esquerda a lutar pela reversão dessa manobra golpista e de achaque contra a classe trabalhadora brasileira.

Graças ao ataque de FHC ao País, a Petrobrás tornou-se, em primeiro lugar, uma empresa destinada a gerar dividendos multibilionários para um voraz grupo de parasitas, localizados principalmente nos EUA, onde suas ações são negociadas. Importante patrimônio das massas operárias, a Petrobrás precisa voltar a ser uma empresa estatal de fato, completamente voltada às necessidades nacionais e aos interesses do povo brasileiro, que a construiu e que ainda hoje a mantém.

É preciso lutar por uma indústria brasileira ainda mais forte, capaz não apenas de extrair petróleo em condições que poucos conseguem, mas também de refiná-lo e, com isso, desenvolver toda uma cadeia industrial bilionária, é preciso retomar esse patrimônio roubado pelos imperialistas. Para os trabalhadores brasileiros conseguirem usar essas riquezas em favor do desenvolvimento da economia brasileira e da melhoria das condições e dos padrões de vida do povo, é preciso reestatizar a Petrobrás, atrelá-la aos interesses dos brasileiros.

Em defesa da Palestina

Por fim, mas não menos importante, trabalhadores e estudantes devem unir forças em defesa do povo palestino, irmanados ao povo brasileiro na luta comum contra o mesmo inimigo. Nesse momento, a questão palestina polariza o planeta inteiro, o que, no Brasil, se traduz na união da direita sob a causa do sionismo, desde o setor bolsonarista até os setores ditos “civilizados”, como os tucanos. O campo se uniu em uma ofensiva contra o presidente Lula desde que o líder petista denunciou o genocídio cometido por “Israel” na Faixa de Gaza.

Para fazer a população brasileira reforçar o apoio mundial a um povo que está sendo martirizado pelo imperialismo, a mobilização nacional precisa se manter em atividade e crescer, continuar nas ruas até a vitória. Inevitavelmente, as manifestações pressionarão ainda mais o regime sionista.

É preciso que a esquerda brasileira mantenha-se mobilizada, denunciando todos os crimes bárbaros cometidos por “Israel” e apoiando aqueles que estão fazendo a luta contra o horror sionista. Os heróis do Hamas e demais militantes da vanguarda da luta armada pela libertação da Palestina devem ser defendidos e apoiados com todas as forças pela esquerda brasileira.

Como é possível aferir pelas vitórias do Hamas na Palestina e a tentativa da invasão sionista de esconder suas derrotas militares, matando civis desarmados com ajuda de aeronaves e censurando informações, a luta em defesa da Palestina e contra o imperialismo é extremamente favorável aos povos oprimidos.

Que o belo exemplo dado pelos palestinos seja enaltecido no Brasil como deve ser: nas ruas.

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