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El Salvador

Alexandre de Moraes é o Bukele brasileiro?

Durante toda a eleição, o governo de Bukele se negou a pagar o fundo eleitoral para a oposição

No último domingo (3), ocorreram as eleições presidenciais e legislativas em El Salvador. O resultado não foi outro senão a reeleição de Nayib Bukele, direitista salvadorenho que estabeleceu uma ditadura no país latino-americano desde que chegou ao poder.

Durante o pleito, surgiram diversas denúncias que mostram que a vitória de Bukele fez parte de uma fraude que, orquestrada pelo executivo, não deixou praticamente nenhuma chance para a oposição. O próprio fato do presidente salvadorenho ter concorrido à reeleição, algo proibido pela constituição do país, mostra o tamanho da farsa que ocorreu em El Salvador.

Podemos citar, também, o fato de que Bukele e seu partido fizeram campanha eleitoral durante um período no qual isso é ilegal segundo a legislação eleitoral reacionária do país. Algo que não obteve reação algum por parte do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de El Salvador, já que este está, tratando-se de uma ditadura, nas mãos de Bukele.

Neste artigo, porém, queremos destacar um acontecimento anterior ao dia da votação: durante toda a eleição, o governo de Bukele se negou a pagar o fundo eleitoral para a oposição, fazendo com que a campanha de partidos como a Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional (FMLN) fosse extremamente reduzida, principalmente quando comparada à campanha do Novas Ideias, partido de Bukele.

Em outras palavras, utilizando o poder quase que absoluto que possui, Bukele praticamente neutralizou a participação da oposição no pleito. As eleições, consequentemente, não passaram de uma cerimônia pro forma, típica de uma ditadura.

Como o título deste artigo indica, não queremos falar apenas de Bukele, mas também de Alexandre de Moraes. E o que um tem a ver com o outro? Em 2022, durante as eleições presidenciais, Moraes, já na função de presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) brasileiro, bloqueou o repasse do fundo eleitoral do Partido da Causa Operária (PCO) durante a maior parte da campanha. E que motivo foi dado para um ato tão grave como esse? Nenhum!

O PCO, com isso, não teve acesso a algo que é seu por direito enquanto partido político legalizado no Brasil, impedindo que utilizasse a verba que o Estado lhe concederia para imprimir panfletos, adesivos, cartazes e demais materiais de campanha. Algo mais grave ainda quando levamos em consideração que as eleições brasileiras, por conta da legislação do TSE, só podem acontecer em um curto intervalo de tempo.

Na época, este Diário explicou que se tratava de uma medida que pretendia neutralizar o Partido mais atuante na luta contra o golpe e em prol da eleição de Lula durante a campanha eleitoral. Uma tentativa – que não foi bem sucedida, diga-se de passagem – de isolar a principal oposição ao bloco golpista do qual Alexandre de Moraes faz parte. O mesmo que Bukele fez em El Salvador!

A contradição é a seguinte: entre a esquerda brasileira, é praticamente consenso que o governo Bukele é uma ditadura e que sua atuação nas eleições foi fraudulenta. Enquanto isso, essa mesma esquerda louva Moraes como se ele fosse o maior revolucionário do Brasil, o grande caçador de fascistas que impediu Bolsonaro de tomar o poder.

A única diferença, talvez, é que, no caso do Brasil, Moraes não conseguiu emplacar seu plano contrário à eleição de Lula. No fundamental, é a mesma coisa, deixando claro não só que Moraes age conforme um verdadeiro ditador, como também o fato de que a esquerda brasileira não pode continuar se iludindo com o ministro brasileiro.

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