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Governo Bolsonaro

Abin espionou 30 mil brasileiros com programa israelense

Escândalo de espionagem teria sido organizado para monitorar opositores do ex-presidente

O ano começou com a denúncia de que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) espionou cerca de 30 mil pessoas durante o governo Bolsonaro. Os alvos desse monitoramento ilegal seriam opositores do governo, segundo relato do diretor-geral da Polícia Federal para a GloboNews. Um detalhe revelado na entrevista é que os dados das pessoas espionadas pela agência estavam armazenados em bancos de dados em “Israel”.

Cinco servidores da agência foram afastados e dois presos no final de outubro, num caso que a própria Abin afirmou já investigar desde fevereiro de 2023. Na ocasião, a agência também afirmou que parou de utilizar o programa FirstMile em maio de 2021. O programa, desenvolvido pela empresa israelense Cognyte, fazia o monitoramento de celulares, o que, na prática, funcionava para acompanhar a localização das pessoas.

Invadindo a rede de telefonia brasileira, o programa utilizava as informações de várias torres de telecomunicações para determinar a localização dos celulares. A partir disso, conseguia criar históricos de deslocamento e contava com alertas em tempo real no caso de movimentação dos aparelhos monitorados. As informações veiculadas dão conta de que o programa tinha capacidade para monitorar até 10 mil celulares por ano.

Assim como o diretor-geral da PF, Moraes também anunciou informações sobre o caso com exclusividade para o grupo Globo, neste caso para o jornal O Globo. Segundo ele, as investigações teriam mostrado que existiria um plano para prendê-lo e matá-lo, sendo ele próprio uma das pessoas monitoradas. Partindo de Moraes e tendo sido divulgado pela Globo, o caso está sendo claramente utilizado como uma propaganda. Moraes chegou ao ridículo de tratar como sério um plano para enforcá-lo na Praça dos Três Poderes, obviamente uma bravata de algum bolsonarista mais exaltado – se é que alguém falou isso!

O que realmente chama a atenção no caso é a quantidade de brasileiros que foram alvo de espionagem através de um único programa e o fato disso ter ocorrido em parceria com uma empresa estrangeira, ainda mais israelense. O histórico recente de espionagem de civis no Brasil é suficiente para entender que se trata de uma prática rotineira para os órgãos de inteligência. Um caso que ganhou enorme repercussão foi a descoberta de “grampos” telefônicos em ministros do STF que culminou na “CPI das Escutas Telefônicas Clandestinas”, ou “CPI dos Grampos”, em 2007. O caso trouxe à tona que cerca de 300 mil pessoas estavam com seus telefones grampeados na ocasião. Apenas cerca de 5% operando legalmente.

Segundo nota pública da União dos Profissionais de Inteligência de Estado da Abin, o escândalo atual está relacionado com o aparelhamento da agência no governo Bolsonaro. Segundo a nota, ocorreu um “inchaço na agência com indicações de servidores estranhos ao órgão”.

Passando no governo Lula por uma “desmilitarização”, a Abin estaria supostamente livre desse tipo de funcionamento. No entanto, vale manter em mente que a própria Polícia Federal, que realizou as prisões e mandados de busca e apreensão, tem relações promíscuas com os serviços de inteligência dos Estados Unidos e de “Israel”. Recentemente, veio à tona, inclusive, a interferência com o Instituto de Inteligência e Operações Especiais israelense, o Mossad.

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