No último domingo (20), como já era esperado que acontecesse, o jornal porta-voz do imperialismo O Globo, em matéria intitulada “Morte de líder do Hamas diz muito sobre sua vida”, se dedicou a difamar Iahia Sinuar, líder do movimento de libertação da Palestina em Gaza. Apesar de ser referido como “terrorista” e a operação que orquestrou no 7 de setembro de 2023 de “chacina”, o texto de Dorrit Hazarim revela somente o grande herói que foi até o último dia de sua vida e a indiferença em relação aos mais de 40 mil palestinos assassinados.
A fábrica de mentiras do nazismo, que O Globo faz parte, sustenta que Sinuar foi “arquiteto-mor da chacina que deixou Israel às cegas e sangrando num primeiro momento — mais de 1.200 corpos metralhados, degolados ou queimados em poucas horas no fatídico 7 de outubro do ano passado”. O objetivo é apresentar a morte do líder do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) como uma reviravolta ao suposto assassinato de pessoas inocentes e atribuir um carater cruel à operação militar “Dilúvio de al-Aqsa”.
Em primeiro lugar, como já denunciado pelos portais britânico The Cradle e norte-americano The Gray Zone, cabe esclarecer que a maior parte dos mortos possivelmente eram soldados e reservistas israelenses e que as informações apresentadas pelo regime nazistas não permitem distinguir civis. Por outro lado, relatórios militares divulgados pelo jornal isrelense Haaretz revelaram que as Força de Ocupação executaram as centenas de civis que participavam da festa “rave” que acontecia na região do confronto.
A operação “Dilúvio de al-Aqsa” liderada pelo Hamas teve como objetivo atingir alvos estratégicos como bases militares, pontos de controle fronteiriço, infraestruturas de comunicação e portos. Ou seja, não se tratou de um atentado contra civis inocentes, naquele 7 de outubro foi dado início à libertação do povo palestino que vive aprisionado na Faixa de Gaza. O imperialismo e o regime nazista israelense buscam um despertar um clamor popular através de mentiras e impedir que o mundo saiba que o que ocorre na Palestina é uma revolução.
Impressiona o reesquentamento de mentiras sobre corpos degolados e queimados buscando fazer alusão a falsa acusação de crianças mortas pelo Hamas. Tudo para ocultar os crimes do regime nazista israelenses, esse sim uma organização terrorista e covarde que assassina o povo palestino da maneira mais brutal que a humanidade já testemunhou. As câmaras de gás do regime de Adolf Hitler nem se comparavam ao bombardeio de abrigos de refugiados, à metralhar pessoas na fila da comida, à queimar com fósforo branco bairros inteiros.
As afirmações da jornalista de que Sinuar “morreu como mais de 42 mil outros palestinos anônimos de Gaza, entre escombros”, “coberto de poeira e sangue”, “na sua Gaza natal em ruínas” revelam o caráter nazista do O Globo. Não há nenhuma compaixão em relação às vítimas palestinas de bombardeios criminosos israelenses, essas pessoas sim eram civis, as quais foram assassinadas em zonas residenciais, sendo uma esmagadora maioria de mulheres e crianças. Evidentemente, esses mártires não fazem a Palestina sangrar.
Considerando que Sinuar seria terrorista, caberia questionar se a intenção, ao comparar a morte deste grande homem à forma como o regime nazista busca dizimar seu povo, foi dizer que todas essas pessoas eseriam igualmente terroristas reproduzindo Benjamin Netaniahu e outros nazistas do governo israelense. Seria esse o motivo de fazer questão de comparar a morte do líder da resistência palestina a dos demais palestinos? Seriam merecedores do mesmo fim? Isso justificaria uma Gaza em ruínas?
Mas esta mesma imprensa canalha deixa escapar a verdade, revela que “ao contrário do que temia parte do gabinete de guerra do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, Sinwar não estava envolto em explosivos, nem escudado por reféns cativos há 380 dias em algum subterrâneo de Gaza”. O retrato da morte de Sinuar não bate com o terrorista que pintaram, não escondeu-se em túneis e tampouco utilizava reféns como escudo, morreu como mais um palestino enfrentando armas sofisticadas com pedras nas mãos.
A morte de Iahia Sinuar não deterá o Hamas e a luta do povo palestino, assim tem sido desde a morte do primeiro líder da organização Ahmed Iassim até o seu antecessor Ismail Hanié. O último líder do movimento de libertação da Palestina em Gaza se tornou mais um mártir, será imortalizado junto aos seus irmãos de luta que também foram assassinados e será pra sempre lembrado nas lutas que seguirão até vitória final de seu povo.