Os diversos casos de racismo no futebol europeu, com destaque para Vini Jr, deram origem a uma enorme demagogia nos clubes brasileiros. O identitarismo tenta se aproveitar dessa situação para avançar a sua política repressiva, inclusive dentro do próprio ambiente do futebol.
O Palmeiras é um dos clubes que está tentando se aproveitar disso. Ele realizou um teste de ancestralidade com os atletas negros do elenco. O zagueiro Murilo, o lateral-direito Marcos Rocha, o meia-atacante Estêvão e os atacante Endrick e Dudu foram alguns dos jogadores submetidos a testes de DNA, que possibilitaram saber, exatamente, de onde vieram os seus antecessores.
O cientista social Tiago Alberto Soares afirmou: “quando a gente faz esses testes, a gente permite tirar do abstrato e consegue uma conexão com determinado lugar. Permite um lugar histórico onde eu consigo fundamentar, coletivamente, a história da minha família”. A declaração foi dada a Tv Palmeiras.
Ou seja, o identitarismo está sendo usado de demagogia para melhorar a imagem do clube. É algo ridículo dentro do futebol, que desde a década de 1910 foi um espaço onde o negro brasileiro se destacou, e teve seu ápice com o Rei Pelé, o maior atleta da história.
A demagogia em si não é tão problemática. O pior é toda a parafernália identitária que caminho junto a repressão das torcidas e as intervenções dentro dos próprios campeonatos que pode ter clubes até perdendo pontos por acusação de racismo e machismo.
O identitarismo é um grande inimigo do futebol brasileiro. Isso ficou claro no caso a assessora de Anielle Franco e também nos diversos ataques aos jogadores brasileiros por serem machistas quando obviamente os jogadores do mundo inteiro podem se enquadrar nessa categoria.