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Análise Política da Semana

A crise da ditadura de Alexandre de Moraes

Na análise deste sábado, o presidente nacional do PCO, analisou os desdobramentos da crise nacional e internacional sobre a exposição da política de censura contra os usuários do X

Foi ao ar, no sábado dia 13, a última edição da Análise Política da Semana, o programa da COTV, onde o companheiro Rui Costa Pimenta traz os principais fatos da política nacional e internacional, sob o viés do marxismo.

O destaque desta vez se deu pelos intensos fatos e debates sobre um tema abordado já há muito tempo pelos programas da COTV: a liberdade de expressão.

A exposição da política de censura em relação aos usuários da rede social X, antigo Twitter, divulgada por Elon Musk, praticada já há anos por Alexandre de Moraes, gerou novos desdobramentos e vem causando muita confusão política entre diversos setores da esquerda nacional, principalmente pela alta cúpula do PT.

No início do programa, o companheiro Rui trouxe a questão Palestina, destacando o ataque pessoal dos sionistas à principal liderança política do Hamas: “Em primeiro lugar, eu queria manifestar aqui, em nome da direção do Partido da Causa Operária e dos seus militantes, as nossas condolências ao Companheiro Ismail Hanié, pelo assassinato deliberado, criminoso e frio de três dos seus filhos e quatro dos seus netos, pelas forças de ocupação sionistas na Palestina.”

Mesmo dentro da própria esquerda no Brasil, há a crítica e a diferenciação entre o Hamas e o povo palestino. São frequentes também as acusações de que a direção do Hamas e seus familiares estão a salvo dos ataques sionistas: “O caso do companheiro Ismail Hanié é muito significativo das monstruosas calúnias que foram lançadas contra o Hamas. Queria chamar a atenção de todas aquelas pessoas, inclusive na esquerda, que vivem propagandeando mentiras sobre a resistência palestina. Queria deixar claro aqui que o principal líder do Hamas, Ismail Hanié, teve nesse período sessenta familiares assassinados pelos sionistas.”

O tema da liberdade de expressão também permeia a questão palestina. Afinal, vemos na imprensa capitalista, autoproclamada a “grande detentora da verdade”, uma continuidade da defesa do sionismo. Sobre isso, Rui comentou: “O que a grande imprensa brasileira fez em torno da Palestina não é uma campanha de desinformação. Eles criaram uma situação totalmente fictícia para caluniar, para enlamear, para voltar a opinião pública brasileira contra o povo mais martirizado do mundo nesse momento, e um dos mais martirizados dos últimos cem anos.”

Quanto à necessidade do aumento da intensidade da campanha em defesa da Palestina e sua crucial importância para todos aqueles que se consideram revolucionários, o companheiro afirmou: “Essa é uma luta da maior importância política. Se nós, um partido revolucionário, e eu estenderia para toda a esquerda, mas a esquerda infelizmente não tem o mesmo pensamento que nós temos. Se nós não temos a capacidade de defender com todas as forças um partido que luta contra a maior máquina de opressão que já existiu, que é o imperialismo norte-americano e o seu piolho favorito, que é o sionismo, nós não merecemos o nome de revolucionários.”

Afinal, de acordo com a análise concreta dos fatos: “A situação é crítica, dramática… Nós estamos em um momento crucial da crise toda e isso exige uma ação enérgica daqueles que defendem a Palestina no Brasil.”

“Os palestinos não são apenas um povo que sofre com os bombardeios, é um povo também que luta, então nós temos que defender esses lutadores”, concluiu.

Quanto ao tema central da exposição deste sábado, Rui Costa Pimenta foi bem objetivo: “A primeira coisa que nós temos que chamar a atenção nesse tópico é que um prognóstico nosso se confirmou com a crise que nós assistimos a semana passada e essa semana aqui com os chamados arquivos do Twitter ou do X. Nós temos que começar por uma caracterização do acontecimento em si. O que nós estamos vendo é uma crise na política do sr. Alexandre de Moraes.”

Uma vez que o vazamento das informações foi viabilizado pelo bilionário Elon Musk, algo que causou uma enorme confusão dentro da esquerda pequeno-burguesa e deu margem para muita histeria deste setor, o companheiro apontou: “O que está em pauta aqui não é propriamente a carreira desagradável, direitista e até criminosa do sr. Elon Musk, o que está em pauta é o Alexandre de Moraes.”

A respeito da confusão sobre o papel de Musk na polêmica: “Criaram a seguinte versão de que ele (Musk) quer derrubar o governo Lula, isso é uma fantasia política”.

Na presente edição da Análise, foi lembrado que o misterioso inquérito das fake news já completa cinco anos. Esse é o tempo em que vivemos sob os desmandos de Alexandre de Moraes, sobre essa verdadeira ditadura imposta pelo STF e encabeçada pelo ministro em questão: “Como a esquerda está apoiando a ditadura do Alexandre de Moraes, eles se esquecem dos fatos. Para apoiar uma ditadura, você não pode entrar nos fatos, tem que criar uma verdadeira obra de ficção. O pessoal fala que é uma manobra do Elon Musk contra o governo brasileiro, não é bem assim, pode ser que ele tenha alguma intenção em relação ao governo brasileiro, mas nós temos que relembrar as pessoas que esta divulgação começou atingindo o governo norte-americano do Partido Democrata.”

A confusão entre os papéis que representam na polêmica cada figura envolvida levou a diversos ataques por parte de Valter Pomar em relação ao PCO e principalmente seu presidente, Rui Costa Pimenta.

Para o petista, Musk representa a política oficial do imperialismo e o fascismo, enquanto Alexandre de Moraes é o democrata da vez. Quando na verdade, o bilionário, apesar de direitista, representa uma dissidência na burguesia imperialista, enquanto Moraes está alinhado com o Partido Democrata de Joe Biden.

Sobre o papel dos democratas na política de censura, Rui relembra: “A censura na internet é uma política quase oficial do imperialismo mundial. O partido democrata norte-americano é um dos principais autores dessa política. Os europeus, em alguns casos, aprovaram leis ainda mais draconianas do que querem aprovar no Brasil.”

Porém, após a entrada de Elon Musk, algo mudou nesse panorama: “Isso daí é o quadro que a gente tem das redes sociais até aparecer o Elon Musk. O Elon Musk comprou o Twitter e decidiu não compactuar com todo esse processo. Obviamente que ele é representante de um setor da burguesia norte-americana que não quer ficar na mão do outro setor, então ele destampou o negócio e mostrou o que estava acontecendo. Nesse sentido, ele é um dissidente da ditadura digital que foi imposta pelos governos dos Estados Unidos e da Europa.”

E ainda sobre o perigo da análise confusa que assombra a esquerda nacional na atualidade, o companheiro Rui Costa Pimenta alerta: “Não dá pra apresentar a luta do Elon Musk e o imperialismo norte-americano como sendo uma luta do fascismo contra a democracia, porque aí a gente deveria acreditar que o que está acontecendo na Faixa de Gaza é democracia.”

Para conferir a Análise Política da Semana na íntegra, acesse:

A crise da ditadura de Alexandre de Moraes - Análise Política da Semana - 13/04/24

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