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Dia de Hoje na História

28/3/1968: ditadura militar assassina estudante Edson Luís

O assassinato de Edson Luís o transformou em um ícone do movimento estudantil e da luta política contra a ditadura militar.

Corpo de Edson Luís de Lima Souto

Há 56 anos, a Ditadura Militar assassinava o estudante secundarista Edson Luís de Lima Souto, um evento que desencadeou intensas mobilizações populares contra a ditadura militar. No dia 28 de março de 1968, Edson, um jovem de 17 anos oriundo de Belém (PA), foi morto pela polícia militar com um tiro à queima-roupa no restaurante Calabouço, localizado no centro do Rio de Janeiro.

Filho de uma lavadeira, Edson trabalhava em serviços de faxina no restaurante popular. Naquele dia, os estudantes estavam organizando uma passeata para denunciar as péssimas condições do estabelecimento, que fornecia refeições a preços acessíveis para alunos da rede pública e servia como ponto de encontro do movimento estudantil. A Polícia Militar interveio para reprimir os estudantes, que inicialmente resistiram à brutalidade policial, mas acabaram sendo alvejados por tiros.

O velório e o enterro de Edson transformaram-se em um ato político, tornando-o símbolo do movimento estudantil e da luta contra os generais. O assassinato mobilizou amplos setores sociais contra as violências perpetradas pela Ditadura Militar. Apesar da proibição pelo regime, uma missa foi realizada com a participação de mais de 600 pessoas. A repressão e a tentativa de controle por parte do governo militar eram implacáveis. Após a conclusão da missa, os frequentadores da igreja foram cercados e atacados pela cavalaria da polícia militar.

Na missa de sétimo dia de Edson Luís, a cavalaria da polícia cercava a Candelária.

Líderes e participantes dos movimentos foram presos em grande número. Poucos meses depois, três estudantes foram mortos e cerca de mil foram detidos. Em 26 de junho, uma manifestação com aproximadamente cem mil pessoas, incluindo estudantes, artistas, intelectuais e cidadãos comuns, tomou as ruas da região da Cinelândia.

A repulsa à ditadura era evidente na faixa que liderava os manifestantes, com os dizeres “Abaixo a Ditadura. O Povo no Poder”. Nos meses seguintes, greves massivas de operários varreram o País, desafiando o regime. No final de 1968, o Ato Institucional número 5 foi promulgado, marcando o início de um dos períodos mais sombrios e brutais da história nacional.

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