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Francisco Weiss

Militante do PCO em São Paulo. Juntou-se ao partido em 2018, em meio à campanha da luta contra o golpe e pelo “Fora Bolsonaro”. É membro da coordenação do Grupo por uma Arte Revolucionária Independente (GARI), além de dirigente do PCO em São Paulo. Apresenta de segunda a sexta o programa Reunião de Pauta na COTV e outros programas do Canal e também da Rádio Causa Operária.

A revolução salvará a arte

Todo artista deve participar da luta política

A cultura e a arte estão sendo mais esmagadas do que nunca pelo neoliberalismo e pelo capitalismo decadente. Os artistas precisam se organizar e adentrar a luta revolucionária

Recentemente, participei da III Conferência Nacional dos Comitês de Luta, realizada pelo Partido da Causa Operária e outras organizações. Participaram do evento diversos companheiros ligados às artes e à cultura, que demonstraram uma importante preocupação com as questões mais urgentes da luta da classe operária e das reivindicações populares.

Os artistas, especialmente aqueles que não fizeram “sucesso” (a imensa maioria deles, na verdade), têm uma intensa compreensão das mazelas do capitalismo e particularmente do neoliberalismo. Trata-se do sistema que transformou uma atividade que para ele é prazerosa – e muitas vezes até nobre ou transcendental – em uma mercadoria a ser avaliada segundo as regras de um regime econômico decadente.

As décadas de neoliberalismo tiveram um efeito destrutivo na cultura do planeta. O momento atual é o de maior decadência e podridão cultural de todos os tempos. Muitos artistas, por não terem uma compreensão política acabada da situação, acabando responsabilizando a ignorância do cidadão comum ou fazem uma crítica genérica aos donos das gravadoras, dos museus, das galerias de arte etc.

No Brasil, as leis de fomento à arte, como a tão falada Rouanet, estabeleceram uma verdadeira “burocracia” dos artistas. É sabido por todos que os editais publicados pelos governos estaduais ou federal são propositalmente elaborados de modo a impedir que alguém de fora do “clube” consiga fazer seu projeto ser aprovado. A realidade do sistema é que todos os editais vencedores são elaborados por produtoras (empresas especializadas apenas na criação do edital), que fazem o projeto e “abocanham” uma boa porcentagem do projeto final, além de cobrar um preço altíssimo para a elaboração do documento.

Outro aspecto é a asquerosa imposição ideológica do imperialismo sobre os artistas. O identitarismo é uma política que atinge todos os campos do conhecimento devido à influência e ao poder econômico do imperialismo, mas nas artes, um campo já castigado pela decadência econômica, encontrou-se campo fértil para as decadentes ideias do imperialismo. Muitos acreditaram que a Internet iria democratizar a arte e aumentar a diversidade das produções, disponibilizando-as para um público mais amplo. No entanto, o que se vê é o oposto, nunca na história, a arte comercial e “enlatada” foi tão consumida pela população. É uma prova de que os meios tecnológicos não são o suficiente para superar o clima político contrarrevolucionário que se estabeleceu e que sufoca qualquer produção artística.  

Para reverter a situação, não há meio termo possível. Os artistas precisam se organizar e mergulhar de cabeça na luta revolucionária. Apenas a total derrubada do sistema capitalista, que já está caindo de podre, possibilitará ao artista voltar a produzir a arte do jeito que ela tem que ser: livre, ousada e revolucionária. Convido pessoalmente aos leitores a se juntarem ao coletivo de artistas do PCO, o GARI, e se juntar a essa luta. Mas também atendamos ao chamado da III Conferência Nacional dos Comitês de Luta e organizemos os Comitês de Luta de artistas de todas as áreas: música, cinema, artes visuais, dança etc. É hora de sair à luta e derrotar o sistema que nos cassa a livre expressão artística.

* A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião deste Diário

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