Nessa quinta-feira (29), a Suprema Corte dos Estados Unidos vetou o uso de etnia como critério no processo de admissão em universidades públicas e privadas do país.
Segundo a decisão, esse tipo de política viola o princípio da igualdade perante a lei e a 14ª Emanda da Constituição.
“Os programas de admissão de Harvard e da Universidade da Carolina do Norte não podem ser conciliados com as garantias da Cláusula de Igualdade de Proteção. Ambos os programas carecem de objetivos suficientemente focados e mensuráveis que justifiquem o uso da raça, mas inevitavelmente empregam a raça de maneira negativa, envolvem estereótipos raciais e carecem de pontos finais significativos. Nunca permitimos que os programas de admissão funcionassem dessa maneira e não o faremos hoje”, escreveu o presidente do tribunal, John Roberts, para a maioria de seis juízes.
Isto demonstra que a política identitária só serve para ludibriar as minorias que supostamente seriam defendidas. Quando se trata de reais melhorias nas condições de vida desses setores oprimidos, os identitários adotam uma política reacionária.
Cumpre frisar que, apesar da necessidade de defender a política de costas, é preciso lutar por um ensino público, gratuito e de qualidade para todos em todos os níveis, inclusive pelo direito ao livre ingresso nas universidades, garantindo, então, os interesses da juventude e, consequentemente, dos trabalhadores.