Pode ter sido os ingleses os inventores do futebol, entretanto, quem o tornou o mais popular e amado esporte do planeta foram os brasileiros e, entre eles, um dos maiores responsáveis, o Rei chamado Pelé.
O escritor italiano Pier Paolo Pasolini, declarou que “No momento em que a bola chega aos pés de Pelé, o futebol se transforma em poesia.” Quer dizer, as pessoas até conheciam o futebol, mas não ainda através dos olhos do gênio negro Pelé. Nesse sentido, um dos maiores, senão o maior propagador da arte de jogar futebol foi o nosso gênio.
Ao longo da trajetória do craque, aquela equipe do Santos FC tornou-se uma espécie de atração internacional de circo, a qual pessoas do mundo inteiro pagavam enlouquecidas para assistir. Empresários do futebol europeu como os franceses, financiavam campeonatos para que o Santos exibisse seu futebol e que Pelé, “algo” jamais visto no mundo, um ET, mostrasse o que jamais tinha sido visto. A arte do futebol. Ele marcava gols em todos os jogos.
Do “Torneio Internacional de Paris”, o Santos de Pelé participou 4 vezes e, destas, saiu vencedor de duas edições ganhando dos principais e mais ricos times da capital, como o Stade de Reims e, claro, o Racing Paris.
Com o time deslanchando, contando também com Pepe e Coutinho, sendo a base da seleção que fora campeã do mundo em 1958 e 1962 e liderada por Pelé, o clube paulista competiu na Europa ganhando dos principais clubes do imperialismo na época.
Pelé e o Santos tornaram-se até mesmo parte de hino de clube de futebol. Num desses campeonatos que mais pareciam excursões, após o clube grego Olympiacos vencer por 2 a 1 o time santista, o feito do clube acabou sendo imortalizado em seu hino, que fala do dia em que o time venceu o “Santos de Pelé”.
Pelé foi jogar nos Estados Unidos já no fim de sua brilhante carreira, onde atuou pelo New York Cosmos entre 1975 e 1977, acontecimento que ficou marcado para sempre na história da equipe. Gordon Bradley, seu técnico na época, disse que ele era a atração principal de todos os jogos: “Às vezes, nós tínhamos que levar 25 ou 30 camisas com a gente para o jogo, do contrário, nós não sairíamos do estádios vivos”.
Em meio ao contexto das disputas políticas em torno das independências de países africanos, Pelé também foi à África jogar futebol e, numa dessas oportunidades, Congo e República Democrática do Congo estavam em disputa e negociaram uma trégua para que o time santista pudesse cruzar da capital de um país para a do outro pelo rio e jogar dos dois lados da fronteira.
Em outra ocasião, ainda na África, a guerra civil instaurada na cidade de Benin, na Nigéria, imediatamente parou para assistir o Rei desfilar seu futebol em 1969. Foi estabelecido um cessar fogo no dia do jogo e decretado feriado no país. Por isso, não há surpresa alguma quando a imprensa imperialista esconde a felicidade dos povos africanos e palestinos pelo mundo inteiro, pois Pelé, um negro, o maior gênio de todos os tempos do futebol, representa o grito de alegria dos povos oprimidos pelo imperialismo no mundo.