O Conselho Deliberativo do Atlético Mineiro aprovou a proposta para transformar o futebol do Clube em SAF (Sociedade Anônima do Futebol). Será o maior aporte à vista já realizado entre todas as SAFs existentes no Brasil, com um valor definido em 2,1 bilhões de reais. Segundo comunicado do próprio clube, os investidores são, em sua maioria, Atleticanos, e farão um aporte de 913 milhões de reais.
O clube social permanecerá com 25% da SAF, enquanto os investidores formarão a Galo Holding, que deterá os outros 75%. A SAF assumirá a responsabilidade pelo pagamento de todas as dívidas do Galo, uma das maiores entre os grandes clubes brasileiros.
Na diretoria, a SAF será gerida por um Conselho de Administração composto por nove membros, sendo seis representantes da Galo Holding, dois da Associação (eleitos pelo Conselho) e um conselheiro dito independente.
Por mais que a proposta pareça ser positiva (atleticanos investindo no Atlético), trata-se de mais um passo contra o futebol brasileiro, um patrimônio da população. O clube, patrimônio de seus torcedores, foi privatizado, facilitando o domínio dos cartolas atleticanos sobre o Galo.
Por mais que a proposta, a princípio, seja melhor do que vender o clube para um empresário qualquer, os torcedores terão ainda menos poder de decisão sobre o futuro do Atlético. É preciso lutar pelo controle dos clubes pelas suas torcidas.